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Sábado, 27 de Abril de 2024

São Caetano e os rumos do atletismo
Do Diário do Grande ABC
29/08/2018 | 16:26
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Artigo

Em tempos de fake news, sempre surgem aqueles que escolhem a via da mentira para lançar fumaça sobre a realidade. A questão envolvendo o atletismo de São Caetano é prova disso, com boatos de que a Prefeitura abandonou a modalidade, o que nem de longe é verdadeiro. Para esclarecer, façamos uma breve retrospectiva.

Desde 1998, a então BM&FBovespa voltou seu olhar para o atletismo. Naquele ano, distribuiu barras de ouro aos atletas nacionais premiados na Olimpíada de Seul, na Coreia do Sul. O apoio foi intensificado em 1990, com patrocínios individuais, até que, em 2000, a BM&F iniciou a montagem da estrutura de ponta que chegou mais tarde a São Caetano.

Em 2012, cedemos à Bolsa, em regime de comodato, por 15 anos, parte da área do Clube São José. No local, com um investimento de R$ 20 milhões, a BM&FBovespa construiu o mais bem equipado centro de treinamento indoor da América Latina.

Nascia ali a história mais vitoriosa do atletismo brasileiro, com a equipe de São Caetano tendo Fabiana Murer, Marílson Gomes dos Santos, Duda, Thiago Braz, Jadel Gregório, Maurren Maggi, entre outros. A casa destes atletas, muitos deles medalhistas olímpicos, era o centro de treinamento de nossa cidade.

Em março deste ano, a BM&FBovespa uniu as suas atividades com as desenvolvidas pela Cetip SA – Mercados Organizados e passou a operar sob o nome de B3. A nova empresa passou a ser a única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação no Brasil. Junto com as alterações corporativas, houve guinada no perfil de investimentos na comunidade.

A principal mudança foi a decisão de desativar, de maneira abrupta, o centro de treinamentos em São Caetano. A Prefeitura, que foi parceira de primeira hora dos tempos de BM&F, basicamente foi apenas comunicada a respeito. Não houve planejamento do processo. A B3 levou de equipamentos de treinamento a extintores de incêndio. Os atletas foram transferidos para a Orcampi, equipe de Campinas, com garantias de vínculo apenas até o fim deste ano.

A desmontagem do centro de treinamento pela B3 é um retrocesso para o atletismo, feita de modo reprovável e descompromissado, não somente com o atletismo, mas com toda a sociedade. São Caetano, que é um ícone do esporte de alto rendimento, das modalidades olímpicas em especial, seguirá com seus investimentos nestes e no Programa Esportivo Comunitário, que envolve desde as crianças até os adultos, em várias modalidades. Além disso, o espaço do centro de treinamento será requalificado para um novo projeto ligado ao esporte de São Caetano. O esporte, um dos vetores de mudanças sociais, não deixará de ser olhado com carinho e muita atenção pelo meu governo.

José Auricchio Júnior é médico e prefeito de São Caetano

Palavra do leitor

Passarela
A cidade de Mauá foi, por muitos anos, a única cidade do Brasil a ter uma escada rolante sem finalidade comercial, pois esta ficava na passarela que liga o Centro à Vila Noêmia (do outro lado da linha férrea). Este equipamento era caro, exigia muita manutenção e era desnecessária, salvo o valor histórico, do qual é digna a passagem que foi mantida e, com sabedoria, medidas necessárias foram adotadas, como implantar vigilância por câmeras de vídeo e limitação do horário de uso, pois a mesma não fica aberta durante a madrugada. Porém, acredito que o acesso a esta passagem deve ser mais limitado do que já está, pois observei que toda a estrutura de ferro esta corroída pela ferrugem e sempre balança muito quando passa o trem. A passarela deve ser mantida pelo seu valor histórico. Cabe repensar a função do espaço, e proponho utilizar como galeria para dar destino a centenas de ambulantes que empilham o calçadão de mercadorias ou utilizar com finalidade cultural e de memória, para exposições e intervenções artísticas, mas é necessário adotar medidas de segurança que previnam acidentes no local, que há tempos não é dos mais seguros.
Gecimar Evangelista
Mauá

Só ele não sabia
É inaceitável que um candidato a presidente da República, caso do Ciro Gomes, entrevistado por telejornal, dizer ter confiança cega em Carlos Lupi, presidente do PDT, quando até o mais desinformado cidadão sabe que esse senhor é réu por grave improbidade administrativa, em processo que tramita na 6ª Vara da Justiça Federal em Brasília, fato que o candidato diz desconhecer (Política, ontem).
José Marques
Capital

Perto do caos
Que ninguém se engane. Salvo as devidas proporções, o Brasil não está muito longe do caos venezuelano. A diferença é que nossa política econômica/social ainda não chegou ao nível daquela implantada pelo tresloucado Nicolás Maduro, que acaba de anunciar plano para que os cidadãos passem a comprar ouro no sentido de formar poupança. Só mesmo de uma mente muito doentia sairia tamanha insanidade. Esperamos não chegar lá.
Maria Elisa Amaral
Capital

A decisão é sua
A confiança é decisão que cada cidadão deve tomar livre e soberano. Confiar é como gravidez, não tem meia grávida. Confiar em alguém é uma escolha individual baseada no que esse alguém lhe apresenta. Também decorre do fato de acreditar que o outro está sendo sincero e que você pode contar com ele quando precisar. A confiança é pautada na lealdade oferecida por ambos os lados em uma relação, seja ela amorosa, empresarial ou política. Outubro está chegando e este é o momento que a população brasileira também tem de reconstruir sua confiança no futuro do País. Votar nulo, votar branco, não votar e pagar multa, votar em qualquer um são escolhas que as pessoas podem fazer. Porém, quando você se abstém de fazer o correto, alguém toma seu lugar em prol do que é errado. Ou seja, quando os bons não agem, os maus prevalecem.
Turíbio Liberatto
São Caetano

Justiça parcial
Como posso considerar séria e imparcial a Justiça do Brasil se três ministros da Suprema Corte (Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski) agem com enorme interesse em defender os grandes bandidos e ladrões que tanto prejudicam o País e os brasileiros, e ainda, o extraordinário serviço de Justiça prestado pelo programa da Lava Jato? A primeira providência que um STF sério e justo deveria tomar contra os erros dos seus ministros é uma séria punição, eliminando-os dessa nobre Corte e da missão de fazer Justiça. Não podemos esperar outra coisa.
Benone Augusto de Paiva
Capital
 




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