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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

O direito de escolher
Por Carlos Brickmann
25/04/2018 | 07:00
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O recordista nacional de votos para deputado federal é Enéas Carneiro (“Meu nome é Enéas”). O segundo é Celso Russomanno. O terceiro, eleito e reeleito com mais de 1 milhão de votos, é Tiririca (“Pior do que está não fica”). Os três por São Paulo, o Estado mais rico do País.

O Rio de Janeiro tem agora uma ótima chance de superar esses campeões de votos. A funkeira DJ MC Carol, filiada ao PCdoB fluminense, quer se candidatar a deputada federal (espera apenas a convenção partidária para ser candidata de direito). A DJ MC Carol ganhou popularidade com este funk de grande sucesso, letra e música de sua autoria, também cantado por ela:

“Tô, Tô/ Tô usando crack/ Tô usando crack/Larguei minha família, a escola/ Você sabe/Parei com a maconha/ Tô usando crack/A maconha te engorda/ Use crack que é mais light/Tô usando crack/ Tô usando crack/Vou perder os meus amigos/ Se prostituir faz parte/Tô usando crack/ Tô usando crack.”

O partido, quando lança um candidato, acena para o eleitor com alguém presumivelmente ligado à sua ideologia política. O eleitor vota em quem quiser, presumivelmente em quem tenha sua tendência – no caso, esquerda.

Ok – mas, por favor, depois não reclamem do Congresso Nacional que elegeram.

Talvez, quem sabe
A data marcada é 25 de abril: hoje. O ministro Marco Aurélio, do STF, pretende levar a plenário a ADC (Ação Direta de Constitucionalidade) do PCdoB para que seja retomada a norma de só prender alguém após o trânsito em julgado, encerrados apelos, recursos e embargos. Marco Aurélio já avisou que levará a ADC a plenário, mas talvez adie seus planos: neste momento, não há quem creia que a proposta busque apenas a aplicação da norma constitucional. Atribui-se à ADC o objetivo de tirar Lula da cadeia, apenas isso (Lula foi preso depois de condenado em segunda instância). A idéia de que a proposta busca beneficiar um único condenado pode levar ministros a votar contra, derrotando-a. A resposta será conhecida hoje à tarde.

Vergonha – 1
O paranaense Sandro Kozikoski foi, até o dia 9, advogado de Juliano Borghetti, réu na Operação Quadro Negro (que investiga a destinação de verbas, para reforma e construção de escolas, que teriam sido pagas, mas não executadas). No dia 11, Sandro Kozikoski foi nomeado procurador-geral do Estado pela governadora Cida Borghetti (PP) – irmã de seu antigo cliente. Os procuradores paranaenses protestaram: a tradicional festa de boas-vindas que promovem quando da nomeação do novo procurador-geral não foi realizada. Cida Borghetti é mulher do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, que deixou o posto para tentar se reeleger deputado federal.

Vergonha – 2
O prefeito de Bariri – cidade do Interior do Estado –, Paulo Henrique Barros de Araújo, do PSDB, suspeito de tentar estuprar uma menina de 8 anos, foi preso preventivamente e expulso do partido. O PSDB divulgou nota oficial: “O partido se solidariza à família da vítima e espera que o caso seja esclarecido e o culpado, severamente punido”. Barros de Araújo é presidente da Câmara e prefeito em exercício. Como prefeito, responde já a dois processos por improbidade administrativa.

Facebook emagrecendo
Trabalho da agência internacional de pesquisas de consumo Toluna, obtido com exclusividade por esta coluna, mostra que 45% dos usuários do Facebook têm hoje menos confiança no sigilo daquilo que partilham. As desconfianças nasceram com as notícias de violação de dados por parte da Cambridge Analytica; e se estenderam a outros serviços, como o Google, o Twitter e o Instagram. Entre os pesquisados, 54% refizeram suas configurações de privacidade no Facebook; 5% encerraram suas contas. “Os brasileiros estão realmente preocupados com a privacidade de seus dados on-line e estão tomando medidas para se sentir mais seguros”, diz Lca Bom, diretor da Toluna para a América Latina. Considerando-se que, como diz o Facebook, pouco mais de 100 milhões de pessoas utilizam a plataforma, uns 5 milhões de brasileiros suspenderam a assinatura




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