A CPI do Lixo, em São Bernardo, aprovou ontem pedido para que o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), a Receita Federal e operadoras de telefonia possam fornecer o endereço do ex-secretário de Serviços Urbanos Sebastião Ney Vaz Júnior (PT).

Convocado desde o dia 12 de abril, o petista não foi localizado e, na visão do presidente da CPI, o vereador Ary de Oliveira (PSDB), a presença dele seria importante para o ritmo dos trabalhos. “Boa parte das informações sobre os estudos que definiram a assinatura do contrato passou pelo Ney e, por isso, vamos insistir na sua convocação”, explicou o tucano.

Na sessão de ontem, o colegiado ouviu o ex-secretário de Planejamento Urbano e Obras Alfredo Luís Buso, que em pouco mais de 20 minutos falou sobre questões técnicas da PPP (Parceria Público-Privada) no valor de R$ 4,3 bilhões com o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara, assinada em 2011.

Buso afirmou que a desapropriação para a construção da usina de incineração de lixo dependia das Pastas de Meio Ambiente e Habitação e que o projeto seria “complexo”.

O contrato da Prefeitura com a SBC Valorização prevê a construção do equipamento, orçado em R$ 80 milhões, e que envolveria a análise do solo, remediação e instalação de área verde. No entanto, o processo encontra-se travado na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que arquivou, em setembro de 2016, o licenciamento da usina por falta de documentação.

Ary de Oliveira, por sua vez, destacou que a comissão pode analisar a convocação de integrantes da atual administração, do prefeito Orlando Morando (PSDB), para prestarem depoimento. “Vamos averiguar as questões dos serviços prestados pela empresa e seria importante que alguém do governo viesse falar sobre esse assunto”, pontuou, sem precisar quando a tal convocação poderá ser feita.