Cultura & Lazer Titulo Especial
Orquestra Sinfônica de
Sto.André volta para casa

Após reforma no Teatro Municipal, formação recebe
Edu Lobo em concerto popular neste fim de semana

Por Luís Felipe Soares
07/12/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O fim de semana promete ser especial para a Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André). Após ficar quase três meses longe do Teatro Municipal, o grupo retorna para casa em apresentações hoje e amanhã, a partir das 20h30, ambas com ingressos esgotados. O tradicional equipamento cultural da cidade ficou fechado devido à necessidade de reformas.

“O tempo longe do teatro foi terrível para a orquestra. Os artistas são criados para frequentar um palco. Foi um processo duro, mas era uma etapa que tinha de acontecer. Voltar para uma casa bonita e revigorada é uma sensação ótima. Estamos muito empolgados”, afirma o maestro Carlos Moreno. “Para toda a comunidade, principalmente para quem participa da vida cultural do município, ter um teatro renovado é uma alegria enorme.”

Apenas hoje, a formação terá a companhia do cantor e compositor Edu Lobo. No ano em que completa 70 anos, o carioca traz para o Grande ABC interpretações de alguns de seus clássicos, como Ponteio, A História de Lily Braun e Pra Dizer Adeus. “Minha música se presta para isso e fica muito interessante com uma orquestra. Entre tantos descendentes de Tom Jobim, e acho que sou um deles, tenho um tipo de música sofisticada que permite que uma sinfônica a toque com muito prazer. Não é um popular chato. Já fiz várias participações com formações como essa e o resultado sempre foi incrível”, diz Edu, caracterizado por Carlos Moreno como “um ícone, um fino da bossa”.

Além da parceria com a Ossa, o cantor terá momento somente ao lado de convidados. O trio que o acompanhará será formado por Nelson Ayres (piano), Julio Moreira (bateria) e Jorge Helder (contrabaixo), que farão três músicas durante a noite, entre elas Canto Triste.

O concerto também contará com as vozes do Coral da ECA (Escola de Comunicações e Artes), da Universidade de São Paulo, e do Coro da Cidade de Santo André. Amanhã, a performance será apenas da Ossa.

Sem Edu, a orquestra apresenta seu talento com passeio por obras assinadas pelo compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Após versões do Hino Nacional e do hino andreense, haverá espaço para Magnificat Aleluia e Choros nº10. “A Choros traz uma sonoridade bem nacional, com elementos vindos de diversos grupos, como os índios e os negros”, ressalta Moreno.

Já pensando no próximo ano, o maestro espera ter uma temporada mais extensa e ativa. “Tivemos um ano atípico e desafiador. Toda essa experiência, seja ficar longe do teatro, de tocar com convidados e de nos apresentarmos no (Clube Atlético) Aramaçan, percebemos que é necessário aumentar a nossa diversidade para intensificar o atendimento ao público.” 




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