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Na Colômbia
Ativistas buscam canalizar onda de descontentamento em dia de greve geral
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21/11/2019 | 11:56
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Marco Miranda / Presidencia de la República / Fotos Públicas


Os colombianos insatisfeitos com o presidente Iván Duque esperam canalizar uma onda de descontentamento que percorre a América Latina ao sair às ruas nesta quinta-feira com uma longa lista de queixas, que inclui desde a persistente desigualdade econômica à violência contra ativistas sociais. A expectativa é que sindicatos, grupos de estudantes e cidadãos comuns se unam na greve geral de hoje, no que poderia ser uma das maiores mobilizações dos últimos anos no país, testando um governo impopular em um momento de instabilidade regional.

Os analistas, contudo, são céticos sobre a possibilidade de que o protesto possa gerar uma agitação prolongada como ocorrido recentemente em Bolívia, Chile e Equador. Eles destacam a ausência de fatores que unifiquem um país dividido e com um dos desempenhos econômicos mais sólidos da região. "Não estamos em um clima de pré-insurreição", disse Yann Basset, professor da Universidade do Rosario, em Bogotá. "Não sei se há realmente um rechaço ao sistema político em geral."

O governo de Duque, apesar disso, está alerta e determinou 170 mil agentes para reforçar a segurança, além de fechar passagens fronteiriças. Ainda deportou 24 venezuelanos acusados de entrar no país para fomentar a agitação.

Duque tem um índice de aprovação modesto, de 26%. Ele está em uma campanha para tentar se aproximar da população e negar informações incorretas das redes sociais, como que ele teria proposto elevar a idade da aposentadoria e reduzir os salários dos trabalhadores mais jovens. "Eu não venho falar de um jardim de rosas", disse em entrevista a uma rádio. "Estou falando de um país que está em recuperação, uma economia que está melhorando, que se mostra hoje entre as melhores da América Latina."

Ainda assim, muitos colombianos dizem ter várias razões para estar descontentes. Apesar do acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em 2016, grande parte do país sofre ainda com a violência, com grupos ilegais armados disputando territórios. Dezenas de indígenas e líderes sociais foram assassinados em crimes não resolvidos. O país é um dos mais desiguais da América do Sul, com quase 11% da população desempregada, índice que sobe a 17,5% entre os jovens adultos. Fonte: Associated Press.




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