Últimos dados do Banco Central revelam que em 2014 as contas do setor público registraram déficit primário pela primeira vez desde 2001, quando começou a atual série histórica. Isso significa que os gastos do governo central, Estados, Municípios e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras, foram maiores que as receitas em R$ 32,5 bilhões, quantia que representa 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB).
"O que estamos percebendo agora de forma clara é que o governo não priorizou o Brasil. Priorizou as eleições. Medidas que agora estão sendo tomadas, se tivessem sido tomadas de forma responsável ao longo do ano passado, certamente minimizariam os efeitos para a população brasileira", afirmou Aécio ao chegar em evento das bancadas do PSDB da Câmara e do Senado em Brasília.
"Certamente quem vai pagar a conta da incompetência e da irresponsabilidade do governo Dilma são os mais pobres", emendou o tucano.
Na análise dele, o modelo econômico do atual governo tem causado impactos diretos no bolso dos cidadãos. "A receita do atual governo é fazer o ajuste pelo aumento de imposto por um lado e a supressão de direitos trabalhistas por outro. Essa não é a receita do PSDB", ressaltou.
O presidente do PSDB também comentou sobre o rebaixamento de todas as notas de crédito da Petrobras. Em meio às denúncias de corrupção, a Agência Moody's rebaixou de novo ratings da estatal, pela terceira vez em quatro meses, sinalizando outra possível revisão no futuro.
"É uma vergonha. Destruiriam a nossa maior empresa e não tiveram sequer a capacidade de, reconhecendo os desvios, minimizar as perdas. Hoje a perda de grau de investimento feita pela Moody's é uma sinalização clara de como o mundo vê o Brasil e não é só a Petrobras. Infelizmente, o Brasil hoje está provando o veneno de um governo que agiu irresponsavelmente ao longo dos últimos anos", afirmou.
O tucano também, assim como outros líderes do partido, defendeu a recriação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar os desvios ocorridos na Petrobras, hoje investigados pela força-tarefa da Lava Jato.
"Devemos centrar fileira para imediatamente nesta semana colher as assinaturas necessárias para a recriação da CPMI da Petrobras, além de outras que estão sendo cogitadas. Mas a prioridade deve ser o Congresso Nacional retomar as investigações em relação aos desvios da Petrobras", disse.
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