Nas últimas semanas, por exemplo, o órgão registrou que 5% dos chilenos optaram por remarcar as suas passagens para destinos brasileiros. Na grande maioria dos casos, o motivo alegado foi gravidez. O mesmo movimento foi registrado na Argentina.
"Já há a percepção de que esse é um problema global e não local. E, apesar de o Brasil ter uma centralidade no problema, também tem avançado nas buscas de solução", disse o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz.
Na próxima segunda-feira, 8, o órgão vai emitir um comunicado aos operadores de viagens e parceiros estrangeiros reafirmando que, apesar do alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação à epidemia, a entidade não impôs nenhuma restrição de viagens ao Brasil ou demais países atingidos.
O comunicado, porém, chamará atenção para "providências" que deverão ser adotadas pelos turistas que vierem ao País para evitarem contato com o mosquito Aedes aegypti, transmissor não apenas da zika, mas também da dengue e da febre chikungunya.
Entre as recomendações da Embratur está desde o uso de repelentes e de calça e camisa de manga comprida, até mesmo a observação da existência de possíveis criadouros do inseto no local da hospedagem.
Para as gestantes e mulheres em idade fértil, a recomendação é que elas consultem um médico antes de viajar e usem somente medicamentos prescritos por profissionais de saúde.
Para o presidente da Embratur, apesar das previsões de que o surto de zika deve reduzir a demanda por viagens na América Latina nos próximos meses, se a epidemia continuar com as mesmas características, afetando de maneira mais grave apenas mulheres grávidas, o impacto no setor de turismo não deverá ser de grandes proporções. Lummertz não acredita, por exemplo, que a doença irá diminuir o número de pessoas que acompanharão as Olimpíadas no Rio, em agosto.
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