Automóveis Titulo Delivery
Nova família e configuração inédita
Vagner Aquino
Enviado a Resende (RJ)
22/09/2017 | 07:12
Compartilhar notícia


O segmento de caminhões leves e semileves (entre 3,5 e 11 toneladas) deve aumentar oito pontos percentuais até 2030, atingindo 39% de participação no mercado geral. Isso se deve às restrições, que cada vez mais limitam o tráfego de pesados nas grandes cidades. E foi de olho nisso que a Volkswagen Caminhões e Ônibus resolveu lançar a configuração Express, do Delivery, que concorre diretamente com os diversos modelos asiáticos presentes nas ruas brasileiras, como Hyundai HB e Kia Bongo, por exemplo.

E não é só isso. Contrariando a frase em time que está ganhando, não se mexe, a marca resolveu reformular totalmente a respectiva família – que vai até 13 toneladas. Sim! Além de lançar o modelo, a fabricante mais que dobrou as opções de configuração do Delivery. Ou seja, permanecem as cinco versões existentes, acrescidas de seis configurações. Não foi substituição! A nova geração (que consumiu investimentos de R$ 1 bilhão) complementa a gama existente.

Os novatos (Express, 4.160, 6.160, 9.170, 11.180 e 13.160) ostentam não só a cara nova – que abandona as curvas, dando lugar a linhas retas e vincos marcantes –, mas também o interior e a mecânica. Na cabine, por exemplo, a mudança foi profunda, melhorando bastante o conforto e a comodidade do profissional. O amplo número de porta-objetos (mais de 15) e a opção de rádio com bluetooth e entrada USB (ainda sem preço definido) estão na lista de novidades.

Na segurança, destaque para os freios antitravamento com distribuição de força. Já a mecânica conta com suspensão dianteira independente e opções de motor 2.8 ou 3.8, entre 150 cv e 180 cv. Cabe salientar que o propulsor de maior litragem (ambos são desenvolvidos pela Cummins e movidos a diesel) foi totalmente remapeado e tem novas curvas de potência e torque.

IMPRESSÕES AO GUIAR
O Express é equipado com bloco Cummins ISF de 2,8 litros (150 cv e torque de 36,7 mkgf), que dispensa o uso de Arla 32. Além de poder ser guiado por motoristas com carteira de habilitação categoria B, o veículo paga pedágio de automóvel. O Diário dirigiu o modelo em questão na pista de testes da fábrica da VW, em Resende, Rio de Janeiro. Com meia carga (aliás, já vem de fábrica com o implemento baú ou carga seca), o modelo tem condução leve e precisão do câmbio (manual de seis marchas). Surpreende o silêncio e a boa ergonomia. Aliás, caso o motorista esqueça o pé na embreagem, um aviso sonoro e luminoso (no quadro de instrumentos) avisa que é hora de soltá-la a fim de evitar o gasto excessivo do componente.

CRONOGRAMA DE VENDAS
Sem falar em preços (a nova família será entre 7% e 10% mais cara que os modelos atuais, comercializados entre R$ 130 mil e R$ 165 mil) a Volkswagen Caminhões e Ônibus começará a vender as versões 9.170 e 11.180 no começo de outubro; 6.160, em dezembro; Express, fevereiro; 4.160, março; e o 13.160 fica para o mês de abril. A meta a longo prazo é emplacar 30 mil unidades anuais e exportar o modelo para países da América Latina, África e Oriente Médio.

A próxima novidade será a inclusão de câmbio automatizado, que fica para o ano que vem. A curto prazo, a marca não pretende tirar o Delivery atual de linha.

O jornalista viajou a convite da VW Caminhões e Ônibus




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;