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Diadema adere ao programa Mais Médicos e pede 35 profissionais

Prefeitura solicita generalistas para atuar na Saúde da Família de 15 UBSs do município

Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
27/08/2013 | 07:00
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Da ABr


 A Prefeitura de Diadema aderiu ao programa Mais Médicos, do governo federal, ontem. A administração municipal solicitou 35 profissionais generalistas para atuar nas equipes do Saúde da Família de 15 UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

O município foi o único que não se inscreveu ao programa na primeira fase de inscrições. Conforme a Prefeitura, houve problemas no site do Ministério da Saúde e não foi possível concluir a etapa.

Com o pedido de Diadema, sobe para 128 o número de médicos solicitados pela região à União. Santo André (14), São Bernardo (20), Mauá (46), Ribeirão Pires (sete) e Rio Grande da Serra (seis) solicitaram 93 profissionais ao governo federal na primeira etapa do Mais Médicos. No entanto, somente sete profissionais aderiram ao programa para atuar no Grande ABC. Dentre eles, quatro formados em Medicina no Exterior. Os outros três médicos inscritos para a região são brasileiros.

Dos médicos formados fora do País, um deve atuar em Santo André, dois em São Bernardo e um em Rio Grande da Serra. Já os brasileiros irão para Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires, com um profissional por município.

Em Diadema, cada UBS poderá receber de um a quatro médicos, de acordo com a necessidade do serviço. As unidades de Saúde estão localizadas nos bairros Canhema, Casa Grande, Centro, Nações, Paineiras, Parque Real, Piraporinha, Promissão, Reid, Vila Nogueira, Vila São José e Vila Nova Conquista.

Os profissionais com diploma brasileiro inscritos na primeira etapa do programa começam a atuar a partir do dia 2 de setembro em todo o País. Já os estrangeiros devem antes passar por capacitação de três semanas, iniciada ontem em oito capitais brasileiras, e começam a trabalhar no dia 16 (leia mais ao lado).

REDE

Conforme a Prefeitura de Diadema, um médico generalista que atua na rede municipal de Saúde ganha, em média, R$ 9.800 mensais por 40 horas semanais de trabalho, valor bem próximo da bolsa oferecida pelo governo federal aos participantes do Mais Médicos, de R$ 10 mil.

Atualmente, trabalham na cidade cerca de 570 médicos, entre generalistas e especialistas, para atendimento da população em UBSs, Quarteirão da Saúde, Pronto-Socorro Central, Hospital Municipal, Centros de Atendimento Psicossocial e demais equipamentos da área.

Ministro recepciona estrangeiros

Os 644 profissionais com diploma estrangeiro e sem revalidação que vão atuar por três anos em regiões carentes do País começaram ontem o treinamento de ambientação em oito capitais brasileiras. Em Brasília, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recepcionou os recém-chegados e afirmou que não vai tolerar preconceito. “Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento para vir atender à população brasileira.”

A vinda dos profissionais foi um dos pontos mais polêmicos do programa Mais Médicos, já que eles não vão precisar passar pelo Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos), que tem alto índice de reprovação e é obrigatório para médicos com diploma estrangeiro atuarem no Brasil. Para as entidades médicas, a não revalidação do diploma deixa a população sem garantia da qualidade dos profissionais.

Padilha, no entanto, defende que as três semanas de ambientação, nas quais os estrangeiros terão aulas em universidades públicas federais sobre Saúde pública, com foco na organização e funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde) e Língua Portuguesa, servirão também para os médicos serem avaliados pelas universidades brasileiras, podendo, inclusive, ser reprovados.

Inicialmente, o programa, que foi lançado no começo de julho por medida provisória, só previa inscrições individuais, ou seja, o próprio médico se inscrevia. Com esse modelo, o programa só preencheu 10% da demanda de 15.460 profissionais apresentada pelos municípios. Padilha, então, anunciou que buscaria convênios internacionais.

Paralelamente, o início da negociação para acordo com o governo cubano havia sido divulgado em maio, quando o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que 6.000 médicos vindos de Cuba atuariam no Brasil.

Na quarta-feira, o governo anunciou acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde que prevê a intermediação de convênios internacionais. O primeiro, assinado com Cuba, trará 4.000 médicos até o fim do ano para regiões que não tiveram as vagas preenchidas por inscrições individuais. (da Agência Brasil)




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