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São Bernardo zera filas por consultas e exames em 95 dias

Programa Saúde Prioridade realizou 71 mil atendimentos em parceria com a rede privada; próximo passo é acabar com a espera por cirurgia

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
04/07/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em 95 dias de atuação, quase um mês antes do prazo estipulado, o programa Saúde Prioridade, da Prefeitura de São Bernardo, realizou 76 mil atendimentos e, com isso, cumpriu a meta de zerar a fila por consultas e exames na rede básica de Saúde. Superado o considerado primeiro desafio, imposto à administração via ordem judicial, o próximo passo será buscar alternativas para eliminar a demanda reprimida para cirurgias, cujo programa deverá ser lançado até o fim do ano.

Além dos 71 mil pacientes que aguardavam atendimento – 49.575 consultas e de 21.051 exames – por dois e até quatro anos, o programa acolheu outros 5.000 moradores que procuraram o serviço básico de Saúde no período. Entre as consultas mais demandadas, destaque para a oftalmologia (8.068 pessoas), ortopedia (4.451), dermatologia (4.450), cirurgia vascular (3.876), reumatologia (2.083) e endocrinologia (1.788). Já no caso dos procedimentos, foram 2.907 ultrassonografias, 2.551 ecocardiogramas e 1.223 tomografias computadorizadas, por exemplo.

“Conseguimos vencer esse desafio sem atingir o gasto estipulado de até R$ 2 milhões. Gastamos, até agora, R$ 1,5 milhão. O resultado é fruto dessa grande ação, montada com gestão eficiente, e feita em parcerias com a Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo, a Associação Paulista de Medicina, a Faculdade de Medicina do ABC e clínicas privadas (FluxoSS e DunaCor), que aceitaram realizar os procedimentos por valores bem próximos aos praticados pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, destaca o prefeito Orlando Morando (PSDB).

A meta da administração é manter o atendimento sem filas, com prazo de até 90 dias de espera por consultas e exames. Para dar conta da demanda, foram contratados pelo menos 100 médicos desde o início do ano. “Ainda é muito (90 dias), vamos trabalhar para que seja menor, mas não quero impor números que não podemos cumprir. O que não vamos repetir é o descaso dos últimos anos, em que deixaram 71 mil pessoas na fila. Priorizaram fazer parede a atender pessoas”, ressalta o prefeito, referindo-se à gestão do antecessor, Luiz Marinho (PT). Morando assegura, ainda, que não estão descartadas novas ações aos fins de semana, caso haja demanda alta por procedimentos.

Ainda neste semestre, o prefeito promete apresentar diagnóstico da Saúde em relação à fila de espera por cirurgias. “Por que somente agora? Porque depois que você faz a consulta e o exame, você tem o diagnóstico. Antes, a gente tinha 71 mil pessoas sem diagnóstico. Agora a gente tem os pedidos. Vamos tabular isso e programar. Não é tão simples e nem tão rápido, porque temos casos em que se opera e em 24 horas tem alta. Tem casos de cirurgia em que o sujeito vai ficar no hospital, outros podem demandar UTI (Unidade de Terapia-Intensiva)”, observa. 




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