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No NE, alta de preços freia consumo de produtos além dos alimentos
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27/04/2015 | 09:28
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A desaceleração da economia brasileira já começa a atingir o bolso do nordestino. Em Pernambuco, principal foco de investimentos federais nos últimos 12 anos, as famílias estão sentindo de perto a perda no poder de compra, com reajustes da cesta básica, da gasolina, da energia elétrica, por exemplo.

Com tantos aumentos em itens básicos do dia a dia, o auxiliar de escritório aposentado, mas que ainda continua trabalhando, Aguinaldo Pedro do Nascimento, de 67 anos, viu-se obrigado a frear os gastos domésticos. Provedor de uma família simples de cinco pessoas - ele, a esposa, dois filhos e uma neta - "seu Nado", como é conhecido na comunidade onde mora, na zona oeste do Recife, diz sentir a inflação na feira.

"Os preços de itens da cesta básica como arroz, feijão e macarrão têm se elevado, assim como a conta de luz", observa. De acordo com Nascimento, o aumento vem sendo sentido de uns dois meses para cá, o que tem levado ao comprometimento das contas da casa.

Para enfrentar a crise, o auxiliar conta que vem fazendo ajustes para conseguir passar o mês. Na avaliação dele, "até o fim do ano passado ainda era possível fazer um gasto desnecessário, como comprar uma roupa ou sapato, itens que normalmente só compramos em festas", observa.

Esse aperto também atinge a classe média local. O gerente de banco Valderlan Galindo, de 43 anos, é uma prova disso. Casado com a dona de casa Flávia Cristina Galindo e pai de Maria Júlia, de 2 anos, e de Gabriel Diniz, de 14, Galindo conta que, além de só comprar o básico, cortou os passeios e as contas estão sendo pagas com atraso.

Segundo ele, boa parte do aperto no consumo está ocorrendo neste ano por causa da redução na procura por crédito, que ampliou no últimos anos o poder aquisitivo da população. "O trabalhador usava muito o crédito. Agora estagnou. Não dá mais para ampliar o crédito, pois os juros estão muito altos", disse o bancário. Para ele, faz um bom tempo que a sua renda familiar não está mais compatível com as compras. "A cada mês que vamos ao supermercado, a gente vê que compra menos. O maior impacto ocorre na alimentação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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