Economia Titulo Seu bolso
Tomate e feijão ficam mais caros nesta semana
Flavia Kurotori
Especial para o Diário
24/03/2017 | 07:19
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Divulgação


Tomate e feijão foram os vilões do bolso do consumidor nesta semana. As chuvas fortes dos últimos tempos diminuíram a quantidade disponível dos produtos nos supermercados da região que, diante da demanda, elevaram os preços.

Conforme levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), no entanto, esses aumentos não impactaram o preço médio da cesta básica no Grande ABC, adquirida por R$ 547,66 – R$ 0,33 (0,06%) mais cara do que na semana anterior. O quilo do tomate foi o item que registrou a maior alta, passando de R$ 4,43 para R$ 5,01 (R$ 0,58 ou 13,09%), seguido pelo quilo do feijão-carioca, que foi de R$ 3,48 para R$ 3,87 (R$ 0,29 ou 11,21%).

De acordo com o presidente do Instituto Fractal, Celso Grisi, esse acréscimo ocorreu por conta de fatores climáticos, como o excesso de chuva dos últimos meses. “Trata-se da lei da oferta e da demanda. Como choveu muito e não entrou nova safra, a demanda continuou firme, mas a oferta do produto está menor”, explica. “O contrário também aconteceu um tempo atrás, quando a quantidade de tomate era tamanha, que superava a procura, tanto que os preços caíram e, mesmo assim, os varejistas tiveram de jogar muita coisa fora.”

Quanto às maiores quedas notadas pela Craisa nesta semana,o destaque foi para o extrato de tomate. O valor da lata de 340 gramas baixou R$ 0,14 e passou a R$ 1,88. O segundo maior declínio foi o da alface (6,17%), e a unidade foi vendida, em média, por R$ 2,28.

O quilo do frango também ficou mais barato, e recuou de R$ 5,96 para R$ 5,71 o quilo. Segundo Grisi, está havendo uma “superoferta” do milho, baixando o custo da produção da ração utilizada pelo setor granjeiro, diminuindo assim o custo de produção. Devido à queda nos preços de milho, soja e fubá, o especialista afirma que nos próximos três meses a tendência é que o custo da cesta básica diminua.

O valor do conjunto de itens de primeira necessidade já vem diminuindo desde o início do ano. Em janeiro, o kit custava R$ 656, redução de R$ 17,34. O valor atual, de R$ 547,66, se assemelha ao do mesmo período do ano passado, R$ 545,73, R$ 1,93 a menos. A cesta básica da Craisa é composta por 34 produtos, suficientes para o consumo de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, por 30 dias. A pesquisa é feita em 16 super e hipermercados da região.

OPERAÇÃO CARNE FRACA - A Operação Carne Fraca investiga 32 empresas estão e emitiu mais de 30 pedidos de prisão preventiva ou temporário – um deles é o de Paulo Rogério Sposito, dono do Frigorífico Larissa, que tem sede em Mauá. A equipe do Diário procurou a empresa, mas não obteve retorno. Segundo Francisco Edvan Rolim, diretor do Sindicato da Alimentação de São Paulo e Região, os cerca de 140 funcionários estão temerosos por seus empregos. Ele disse que tem tentado contato com a firma, mas também não tem conseguido.

Quanto ao reflexo no varejo, o supervisor regional do Nagumo, Fábio Lacerda, conta que ainda não houve impacto na procura por carne nem nos preços praticados. A Coop também afirma que nada mudou e que não retirou itens das prateleiras porque está aguardando posicionamentos da Anvisa e do Ministério da Agricultura. 




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