“Do ponto de vista arquivístico, o documento tem que ser analisado, avaliado e guardado dentro do seu contexto de produção. Muitas vezes o historiador é vítima disso: pega um documento fora do seu contexto de produção e perde muita informação.”

Marcelo Antonio Chaves, executivo público do Centro de Assistência aos Municípios do Arquivo do Estado.

O que é feito na avaliação: se o documento não é reconhecido, busca-se avaliar qual foi o contexto de sua produção. Em que setor, em que secretaria. Essa pesquisa institucional é fundamental nesse processo de avaliação.

Hoje, no Arquivo do Estado, no setor de guarda e conservação, realiza-se a readequação do ‘layout’ dos acervos. O serviço foi iniciado em fevereiro, para que as condições de trabalho sejam melhores para as pessoas que ali atuam.

“Foi criada metodologia para aproveitar o máximo possível a grande sala com uma massa documental acumulada das décadas de 1940, 1950 e 1960”, informa Marcelo Henrique de Assis, diretor do Centro de Arquivo Administrativo, com formação em Arquivologia. “Nosso depósito tem hoje 79 mil caixas de documentos, que passam por avaliação.”

Cabe às funcionárias identificar os documentos, realizar uma análise complexa. Existem laboratórios de avaliação. Tudo para abrir espaço na massa documental acumulada.

Uma pergunta precisa ser feita: “O que é isso?”. A identificação é um pouco mais simples que a avaliação. A avaliação é o momento em que se faz o filtro: isso pode ser eliminado, isso deve ser guardado.

Marcelo de Assis conta que é difícil montar um acervo. Trabalho em médio prazo. Dois acervos estão montados, padronizados. A meta é montar os nove.

“A equipe é reunida. São ouvidos os que vão fazer o trabalho. A parceria é aberta às cidades e instituições. O Arquivo Público se transforma num laboratório. Há uma troca de conhecimentos e o setor está aberto a realizar a capacitação dos interessados que atuam nas várias cidades paulistas.”

DRAMAS HUMANOS

Quando da nossa visita ao setor de Guarda e Organização, encontramos funcionários da Fundação Casa trabalhando. Eles cuidam de 2.280 caixas de documentos dos menores internos.

Havia muita dificuldade de encontrar documentos. Ex-internos procurados por parentes, irmãos. Mães querendo saber onde estavam os filhos.

Houve o caso de uma mãe que procurava pelo filho há 48 anos. Ela o teve aos 13 anos de idade. Pai e mãe não a aceitaram em casa. O pai da criança não ficou com ela. A moça saiu de casa com o bebê. Não teve condição de cuidar. Levou-o a Fundação. Depois de um tempo, perdeu o contato. Nunca mais soube do filho.

Foi à TV Record. A produção foi à Fundação Casa e esta, até o Arquivo Público, que tratou de localizar a documentação.

“Com muitas pessoas acontece a mesma coisa. Muitas vezes não encontramos documentos. Não sabemos se está aqui, perdido no meio de outros papéis ou se realmente a gente não tem”, explica Marcelo de Assis.

Esses casos levaram o Arquivo do Estado a fechar a parceria com a Fundação Casa. São feitas a higienização e informatização dos processos. A organização facilita a busca. Em um minuto é encontrada a informação.

No caso desta criança, feliz e infelizmente, a documentação foi encontrada: o filho havia morrido seis meses depois de ter sido deixado na Fundação. A mãe não sabia. Procurava uma pessoa que não existia mais.

Religiosidade

Contagem regressiva: faltam três dias para a 4ª Caminhada Mariana de Ribeirão Pires, este ano especial, comemorativa aos três séculos da Capela do Pilar (1714-2014). Saída sábado da Avenida Francisco Monteiro (altura da Rua Santa Luzia), às 8h, com missa festiva e cantada às 10h na Capela do Pilar. Informações: 4827-7352 (Paróquia Santa Luzia).

Diário há 30 anos

Domingo, 27 de maio de 1984 – ano 27, nº 5530

História – O que pensava o morador de Santo André há 50 anos? Até que ponto a industrialização interferiu na sua maneira de ser? Há condições de se resgatar a memória e os anseios daqueles que frequentavam o Cine Carlos Gomes, o Largo do Ipiranguinha e o Largo da Estátua em sua época áurea? Da reportagem de Claudia Muller anunciando o ciclo Patrimônio Cultural e Renovação Urbana, marcado para o Paço de Santo André e organizado pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos, em conjunto com a Emplasa e Prefeitura.

Ideias/livros – Entre perigo nuclear e democracia balança o destino da humanidade. Artigo: Encarnação Bonachera Belgar, jornalista.

Negócios jurídicos – Enrique Ricardo Lewandowski lança o livro Proteção dos Direitos Humanos na Ordem Interna e Internacional (Cia. Editora Forense).

Em 28 de maio de...

1944 – Paróquia de Santa Terezinha, em Santo André, realiza a festa de Nossa Senhora de Fátima, com missa cantada, procissão, quermesse, fogos de artifício e música. Fonte: jornal Borda do Campo, 28-5-1944 (PETROLLI).

1989 – Morre dom Jorge Marcos de Oliveira, primeiro bispo diocesano de Santo André.

Hoje

- Dia Nacional de Luta pela Saúde da Mulher

- Dia Internacional da Luta Contra a Mortalidade Materna

- Dia do Ceramista

- Dia Mundial do Bombeiro

Santos do dia

- Bernardo de Novara

- Emílio

- Germano. Viveu no século 6. Em 555, foi eleito bispo de Paris

- Margarida Pole

Município Paulista

Hoje é o aniversário de Valinhos, elevado a município em 1954, quando se separa de Campinas.

Viva o vinte

Muito obrigada por ter me deixado tão emocionada vendo meu pai e meu tio (Memória, sexta, 23). Minha cabeça volta para os meus cinco, seis anos, quando os via com o uniforme e jogando no campo do Vinte (ao final tudo e todos enlameados) e depois do jogo meu nono Nanni e eles iam jogar bocha, na cancha, no meio dos pés de cambuci. Que sensação boa relembrar tudo isto.

Hilda Breda, de São Bernardo

Falecimentos

Santo André

Maria Fidelis de Oliveira, 90. Natural de Areia (PB). Dia 26. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Luciano Leite Marangoni, 89. Natural de Mogi das Cruzes (SP). Dia 26. Crematório de Vila Alpina.

Maria Rosa Sanches, 89. Natural de Promissão (SP). Dia 26. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Maria Rosária da Costa, 87. Natural de Santana do Cariri (CE). Dia 26. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Maria Domenichelli, 86. Natural de Santo Antonio do Jardim (SP). Dia 26. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

Anisio D'Agostini, 86. Natural de Jaú (SP). Mecânico-ferramenteiro. Ontem. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

Albino Henrique Cremo, 84. Natural de São João da Boa Vista (SP). Dia 26. Cemitério Sagrado Coração de Jesus, Camilópolis.

Milton Faustino Carlos, 67. Natural de Santana do Ipanema (AL). Dia 26. Cemitério Municipal de Guarulhos (Vila Rios).

Roberto Orgado Teixeira, 65. Natural de Lucélia (SP). Dia 26. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Adelina Aparecida Marchiori, 61. Natural de Santo André. Dia 26. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

José Duque Alves, 59. Natural de Remanso (BA). Dia 26. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Talita Aparecida Ribeiro dos Santos, 27. Natural de Santo André. Vendedora. Dia 27. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

São Bernardo

Orlando Firmino Viana, 83. Natural de Varginha (MG). Dia 26. Cemitério dos Casa.

Diadema

Sebastião José Manoel do Nascimento, 75. Natural de Flores (PE). Dia 24. Vale da Paz.

Expedido Cardoso da Silva, 70. Natural de Bananeiras (PB). Dia 24. Cemitério Municipal.

Ismeria Luzia Paulino, 70. Natural de Getulina (SP). Dia 24. Cemitério Municipal.

Sadako Horonaga, 68. Natural de Bastos (SP). Dia 23. Cemitério Municipal.

Elza Elina Moreira da Silva, 65. Natural do Estado de São Paulo. Dia 23. Cemitério Municipal.

Mauá

Lazara Diogo Ribeiro Xavier, 78. Natural de Santo Antonio do Jardim (SP). Dia 25. Natural de Santo Antonio do Jardim (SP). Dia 25. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Josefa Ana de Jesus Santos, 72. Natural de Jaicos (PI). Dia 26. Cemitério Santa Lídia.

João de Souza Ambrósio, 57. Natural de Sto. André. Dia 25. Cemitério Santa Lídia.

Ribeirão Pires

Manoel Gonçalves Macena, 74. Natural de Garanhuns (PE). Ontem. Cemitério São José.

Santo André 4433-3544; São Bernardo 4330-4527; Diadema 4056-1045; Mauá 4514-7399;
Ribeirão Pires 4828-1436; Rio Grande da Serra 4820-4353.