O ex-tesoureiro da campanha de Dilma reafirmou que o então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, já declarou ter doado R$ 10 milhões em caixa 1 para a campanha da ex-presidente. Edinho também rebateu a denúncia que, segundo ele, o ex-diretor da construtora Alexandrino Alencar fez ao TSE, de que teria pedido recursos por meio de caixa 2 para a compra de tempo de televisão para partidos da coligação liderada por Dilma.
"Se doações na campanha de Dilma foram legais, por que eu pediria doações ilegais para outros partidos?", disse o ex-ministro. "Eu nunca participei de uma reunião cuja pauta fosse de caixa 2 e, se houve doação por caixa 2 para outros partidos, foi opção da empresa", disse.
Ainda para o ex-tesoureiro, no depoimento feito por videoconferência, a tese sustentada foi de que a coligação vitoriosa em 2014 era "ideológica" já que todos os partidos já compunham a base da ex-presidente Dilma no primeiro mandato. "Mostrei ao ministro Herman Benjamin que todos os partidos já participavam do governo, tinham ministério e eram da coligação desde 2010. A maioria, inclusive, já estava no governo (do ex-presidente) Lula", explicou.
Edinho comentou ainda que, apesar de o teor não ter sido revelado, a citação feita a ele na delação de Alencar pode ter sido o motivo de o seu nome estar na lista dos políticos investigados na Lava Jato, enviada esta semana pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, às diversas instâncias judiciais.
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