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Winston Churchill terá atraso nas obras

Via em São Bernardo está bloqueada desde julho para intervenções do Projeto Drenar

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
03/10/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em obras desde julho, a Avenida Winston Churchill, em São Bernardo, irá permanecer interditada pelo menos até o fim deste mês. A via, localizada entre os bairros Rudge Ramos e Vila Vivaldi e importante ligação com Santo André, tem trecho intransitável em razão de intervenções do Projeto Drenar. A previsão era que a liberação fosse feita até setembro.

A informação de que a avenida irá continuar fechada durante este mês foi dada por funcionários da obra, por meio do telefone 4341-8613, divulgado no site da Prefeitura como canal de comunicação sobre o empreendimento. A atendente não soube detalhar os motivos do atraso, mas afirmou que, provavelmente, a alteração no cronograma se devesse a interferências subterrâneas, como ligações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e da Comgás.

Ao longo de toda a semana, a equipe do Diário procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura para obter informações oficiais a respeito dos motivos do atraso e dos novos prazos, mas o Executivo se recusou a responder.

O trecho totalmente bloqueado tem aproximadamente 200 metros e vai da Avenida Vivaldi até a Rua Tietê. Para os motoristas chegarem até a Avenida Lauro Gomes, foi improvisado acesso ao lado de uma praça, onde originalmente havia ligação para a pista da Lauro Gomes sentido Centro. Agora, também é possível virar à esquerda e utilizar a via em direção ao Rudge Ramos. Para possibilitar essas manobras, dois semáforos foram instalados.

O segmento da Winston Churchill entre a Lauro Gomes e a Rua Tietê também está intransitável. Assim, quem vem de Santo André pela Avenida Atlântica não consegue seguir em frente. Como alternativa, é possível virar à esquerda na Lauro Gomes e, mais à frente, entrar à direita na Rua João Daprat, que dá acesso à Avenida Senador Vergueiro.

O motorista que está na Winston Churchill sentido Santo André deve utilizar como alternativa a Avenida Vivaldi e as ruas Cachoeira e Tietê. A Avenida Lauro Gomes também tem duas faixas de bloqueio na altura do cruzamento com a Winston Churchill. Por esse motivo, a pista sentido bairro foi dividida, tornando-se mão dupla. Para possibilitar a chegada a Santo André, a Prefeitura de São Bernardo voltou a permitir a conversão à direita da Lauro Gomes para a Avenida Atlântica.

Outra intervenção sem data é a interdição total da Avenida Aldino Pinotti, no Centro, que já tem uma das pistas fechadas. Em agosto, a Prefeitura chegou a anunciar o bloqueio, mas voltou atrás depois de uma semana. A administração municipal também não informou quando o fechamento será feito de fato.

COMBATE A ENCHENTES

O Projeto Drenar foi lançado em 2012 e tem como objetivo evitar as enchentes no município. Para isso, foram investidos cerca de R$ 600 milhões em intervenções para melhorar a captação de águas pluviais, como instalação de galerias subterrâneas e canalização de córregos. A obra de maior magnitude é a construção de piscinão sob o Paço Municipal. O reservatório terá profundidade equivalente à altura de um prédio de sete andares e capacidade para 220 milhões de litros de água.

Interdição na Rua Jurubatuba preocupa comerciantes locais

O avanço das obras do Projeto Drenar preocupa comerciantes da Rua Jurubatuba, no Centro de São Bernardo. A primeira fase das intervenções na via, entre o Terminal Rodoviário João Setti e a Rua Príncipe Humberto, já está sendo executada, mas por MND (Método Não Destrutivo). O temor surgiu após reportagem publicada pelo Diário no dia 12 de setembro, na qual a Prefeitura admitiu pela primeira vez que a segunda etapa – até a Rua Ítalo Setti – seria feita pelo método convencional, o que provocaria interdições.

Após reclamações, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, se reuniu com os comerciantes locais e voltou atrás: anunciou que, agora, estuda fazer o segundo trecho também por MND. Para isso, entretanto, seria necessário obter com a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades autorização para alterações no projeto original, já que o empreendimento integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Outro encontro entre representantes da Pasta e comerciantes da região central deve ser feito no dia 30 de outubro para que a Prefeitura informe se irá ou não atender às reivindicações. 




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