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Sábado, 27 de Abril de 2024

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São Caetano revela um novo memorialista
Ademir Medici
14/02/2018 | 07:00
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“Esta confraternização do grupo tem uma mágica que apenas se explica estando presente a algumas reuniões...”

Pedro Antonio da Ros

Hoje é o aniversário de Pedro Antonio da Ros, do grupo de São Caetano que estuda e preserva a memória do Centro Acadêmico local. 

Pedro relembra passagens que provavelmente estariam perdidas, ao menos na sua forma de contar. Ele consegue responder ao espírito que inspirou esta série, com crônicas das mais saborosas.

Pedimos a Pedro da Ros que descrevesse uma lembrança do Grêmio 28 de Julho e outra do Centro Acadêmico. Vieram as respostas:

O Clube de Inglês, aos sábados à tarde, com a professora Aimèe Silveira, referente ao Grêmio.

Do Centro Acadêmico, ao lado do Cine Max, com as flâmulas na parede.

Clube de Inglês? A resposta à nossa indagação veio em forma de crônicas, redigidas imediatamente de Ilhéus, onde o aniversariante se encontrava.

CLUBE DE INGLÊS

A professora Aimèe vinha de São Paulo e, por sua própria iniciativa, organizava reuniões no Grêmio 28 de Julho, na Avenida Goiás, em frente ao Coronel Bonifácio.

Reuniam-se jovens desejosos de aperfeiçoar o inglês, e traziam refrigerantes, doces etc.

Havia música e a regra era conversar, sobre vários assuntos, e confraternizar, apenas em inglês. Quem falhasse, pagaria uma multa. Eram uns centavos apenas, mas incentivava o espírito da reunião. A professora ficava rodando no salão. Não sei precisar a data exata. Creio 1961, 62.

SÃO CAETANO

Uma das molas propulsoras para a evolução da cidade foi, sem dúvida, o elenco de professores de elevada competência que estiveram à frente do Colégio Estadual Coronel Bonifácio de Carvalho.

Concursos de oratória, peças de teatro, competições musicais, enfim, uma vanguarda de eventos culturais forjou a juventude dos anos 1950-1960.

Outro fator influenciador na cultura e educação foi a proximidade da montadora General Motors, que trouxe uma influência além-mar que, por osmose, se instalou na sociedade local.

IRMANDADE

Uma das provas da irmandade que se forjou nos idos 1950-1960-1970 pode ser sentida nas reuniões das últimas quartas-feiras do mês, quando o grupo habitual confraterniza. Normalmente pizza e vinho consolidam o encontro fraternal de amigos que se conhecem há mais de 50 anos, e que também incorporaram ao grupo outros amigos mais jovens, já dos anos 1980, porém com o mesmo afeto e sem distinção.

É possível testemunhar que a idade não tem afetado a lucidez dos debates e da exposição de ideias relativas à cidade. Velhos amigos, cabelos brancos, e ideias claras.

REMINISCÊNCIAS

Na época da maravilhosa bossa nova & MPB (1960, 1964, 1968) saíamos de São Caetano aos sábados à noite para ir à Chacrinha da Poli – Estação da Luz – onde funcionava a Escola Politécnica, e em seu grêmio havia concorrido baile. Assim como o baile da Santa Casa e da Pinheiros... sem esquecer da FEIstinha da São Joaquim, na Liberdade.

Íamos de trem. Ficávamos até as 4 da manhã. Depois caminhávamos até o Parque Dom Pedro, aguardando o primeiro ônibus da Viripisa, para descermos em São Caetano. Nunca fomos assaltados ou incomodados.</CW>

Às vezes íamos também ouvir o Pedrinho Mattar Trio, com Claudete Soares, Elizeth Cardoso, Maricene Costa (capa do disco) e outros artistas da vanguarda. Era no Cambridg Bar, na Avenida Nove de Julho.

Ficávamos enrolando um cuba libre ou gin tônica por horas. E nos deliciando com a pura música e poesia.

Por certa ocasião, estávamos lá, junto com o Roberto Filetti e Bonifácio, quando o Bonifa, encantado com a crooner fez um acróstico com o nome da Maricene e a ela entregou, comovendo-a. Poesia e lirismo.</CW>

Outro local, mais caro, era a Baiúca, na Praça Roosevelt. Íamos eventualmente ouvir Milton Banana Trio e outros. E no fim da noite a canja do Araken Peixoto, trompetista irmão do Cauby Peixoto.

UM MENDIGO NO GIGETTO

Um episódio ímpar foi no Gigetto, famoso restaurante, em frente ao Canal 9 da TV. Local badaladíssimo, frequentado por artistas. 

Certa noite, Walter Pudim convida um mendigo que estava na porta para jantar com ele. Lá dentro, na mesa toda cheia de copos e talheres, a grande bacanagem! Causou furor e inquietação nos garçons, maitres e afins. E apareceu mais do que os artistas da TV que ali estavam. Mas foi um ato nobre.

Era uma época de elevado espírito de irmandade, apesar dos recursos limitados. Mas a força e a união da juventude nos propulsionavam à frente.

Certamente a preocupação com a segurança era quase inexistente, o que tornava o lazer algo indescritivelmente fascinante e culturalmente rico. Nunca tivemos preconceitos sobre quem era o que, se universitário ou não, se desta ou daquela religião. Éramos amigos e o somos até hoje.


PEDRO ANTONIO DA ROS

Nascimento: 14-2-1944, em São Caetano

Filiação: Domingos e Maria Da Rosa

Escolaridade: Escola paroquial da Sagrada Família; Instituto de Ensino de São Caetano; Escola Estadual Coronel Bonifácio de Carvalho; FEI (Faculdade de Engenheira Industrial).

Atividade profissional: engenheiro-eletricista.

Mulher: Vera Maria Lopes da Ros

Filhos: Ricardo e Pedro Paulo

Neto: Ryan, filho do Ricardo e Audrey

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários em 14 de fevereiro:

Em Minas Gerais, Caeté

Em Alagoas, Delmiro Gouveira

Em Santa Catarina, Itapiranga e Ituporanga

Celebraram aniversários em 13 de fevereiro, ontem:

Em Rondônia, Alto Paraíso, Campo Novo de Rondônia, Candeias do Jamari, Castanheiras, Corumbiara, Governador Jorge Teixeira, Itapuã do Oeste, Ministro Andreazza, Mirante da Serra, Monte Negro, Novo Horizonte do Oeste, Rio Crespo, Seringueiras, Theobroma e Urupá

No Ceará, Aquiraz

Na Bahia, Pindaí

No Maranhão, Presidente Vargas

Fonte: IBGE


Diário há 30 anos

Domingo, 14 de fevereiro de 1988 – ano 30, edição 6676

Manchete – Dez mil sambam nas ruas da região

Constituinte – O deputado Tito Costa repudia pressão da CUT e diz apostar no consenso.

Santo andré – Calçadão da Oliveira Lima está abandonado. Uma rua suja, esquecida. Reportagem: Vanilda Sant’Anna.

Memória – Os bonecos de neve. Da série fotográfica do Panelinha, de Santo André; acervo: Dr. Rubens Awada.

Cultura & Lazer – Martinho, o da Vila, faz 50 anos de samba. Reportagem: Cleusa Maria.

Polícia – Seccional do ABCD inicia campanha para desarmamento infantil. À frente, o delegado Omar Cassin.

Em 14 de fevereiro de...

1918 – Notícias do Tiro Brasileiro de Guerra nº 34, de São Bernardo, com sede no distrito de Santo André:

Os atiradores residentes na Capital deverão apresentar-se uniformizados à subsede, à Rua Almirante Barroso, 108, a fim de, no domingo, armados e incorporados, seguirem pelo trem das 11h20 com destino ao <CF160>stand</CF> social, onde se realizará o exercício habitual.

O diretor-geral do TG comunica que já foi providenciada a remessa do novo armamento e munições para a sociedade.

A guerra. Do noticiário do Estadão: protesto dos polacos contra a paz da Ucrânia.

1973 – Prefeito Geraldo Faria Rodrigues, de São Bernardo, visita as instalações da Makro, em São Paulo, e inicia tratativas para a instalação de unidade do supermercado atacadista no bairro Pauliceia, onde permanece.

Grande ABC vive o drama da falta d’água.

Santo do dia

A Igreja comemora a festa de dois santos de nome Valentim: São Valentim e São Valentim de Terni. Os dois foram padres, viveram mais ou menos na mesma época, século 3. Os dois foram mártires e lutaram pelo bem dos namorados. Por isso, o Dia dos Namorados em várias partes do mundo passou a ser chamado em inglês de ‘Valentins day’ ou, ‘dia dos Valentins’.

Fonte: blog Terra Santa Cruz

Cirilo (monge)

Metódio (bispo)

Hoje

Início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade




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