“O primeiro baile carnavalesco de que se tem notícia teria sido realizado em 1840. Local: Hotel Itália, no Rio de Janeiro. Os bailes eram animados pelas polcas, valsas, maxixes e toadas sertanejas. As músicas eram só executadas. Não tinham letras. Modinhas e marchinhas vieram muito tempo depois.”
Cf. Milton Parron, projeto Memória, Band 2018.
Transforma-se, lentamente, o Carnaval do Grande ABC. No lugar dos desfiles oficiais, a saída espontânea de blocos, a exemplo da explosão do gênero verificada este ano em São Paulo – como se o País passasse por uma fase maravilhosa. De qualquer modo, não se pode falar que os desfiles de rua das escolas de samba deixarão de ocorrer.
Quem pensa assim é Rubens Ferreira Soares. Andreense. Nascido na Rua Senador Flaquer, na Pró-Mater, 54 anos, <CF160>Rubão</CF> é o convidado desta semana do programa Memória do DGABC TV. Entra no ar nesta manhã de quinta-feira. Acessem: www.dgabc.com.br.
Rubão lembra que várias escolas de samba de Santo André, São Bernardo e Mauá têm sedes, quadras, afilhados e programas sociais ao longo dos anos. E existem as uniões das escolas de samba.
“Já que as prefeituras tiveram um declínio financeiro e não têm condições de organizar os desfiles, devem as ligas se reunir e encontrar uma forma de, ao longo do ano, reunir recursos para elas próprias fazerem o Carnaval”, declara Rubão ao DOL – Diário On-Line.
Outra ideia defendida por Rubão: que se realize um Carnaval regional, a cada ano numa cidade, a partir de 2019.
LUTO
Rubão é mais boleiro do que carnavalesco. Surge na memória de Santo André ao lembrar a partida de dois carnavalescos no fim do ano passado, mortos com diferença de dias: Dr. Pedro da Uesa e Marquinhos, mestre de bateria, irmão de Rubão.
A partir destas notícias trágicas, que transformaram em luto o Carnaval do Grande ABC deste ano, conhecemos Rubão e sua trajetória de vida. E quantos Rubões mais existem por aí, com ideias e informações que podem e devem contribuir para o desenvolvimento cultural desta região que surpreende sempre.
Fala, Rubão
Marquinhos faleceu no dia 30, um sábado. Dia 1º, a virada do ano. As pessoas celebrando. Em janeiro, pensando no Carnaval de fevereiro, o Marquinhos começava a se assanhar. Daqui a pouco estava na quadra do Seci (Cidade Imaculada), no São Jorge, na Vila Alice. Infelizmente este ano não vai ter desfiles, só o Carnaval espontâneo.
Pedido ao Adriano
Beija Flor de Nilópolis é a madrinha do samba em Cidade São Jorge. Uma história quase esquecida. É impossível que não haja imagens dos momentos em que os carnavalescos do Rio de Janeiro, no começo da década de 1990, vieram a Santo André, foram hospedados no Ginásio Pedro Dell’Antonia, batizaram a quadra da Cidade São Jorge.
Adriano, jovem presidente da Escola de Samba de Cidade São Jorge: compete a você pilotar este projeto de construção de uma memória que não pode morrer. Encontre uma foto daqueles momentos importantes. O samba do seu bairro merece. E a página Memória divulgará.
Agenda do Centro Acadêmico de São Caetano
Ontem foi o aniversário de Ademar Abate. Fez carreira na General Motors, na área de vendas, aposentando-se depois de 31 anos, dos quais 22 vividos em cinco capitais brasileiras. De retorno ao ninho, reside na Vila Barcelona
Ademar Abate
Nascimento: São Caetano, 7-2-1941
Filiação: Genaro Abate e Leonor Gallo Abate
Escolaridade: primário no Senador Flaquer, ginásio e clássico no Coronel Bonifácio de Carvalho, propaganda e relações públicas na Metodista.
Carreira profissional: ao deixar a GM, trabalhou dois anos na formação da concessionária da General Motors em Belém, no Pará.
Movimento estudantil: foi do Centro Acadêmico, no tempo do presidente Fuad Sayar, e do Grêmio Bonifácio de Carvalho.
São Caetano: transformação total. Antigamente, todos se conheciam.
Esposa: Dona Maria Fátima
Filhos: Denis (publicitário), Adrian (engenheiro) e Albert (advogado)
Uma lembrança – A presença em São Caetano de Ronald Golias, no auge da carreira
Diário há 30 anos
Domingo, 7 de fevereiro de 1988 – ano 30, edição 6670
Especial – Criminalidade no Grande ABC: mais vítima do que em duas guerras.
Matadores comuns que espalham o terror.
Justiceiros atuam na favela Pai Herói.
A tímida turma dos Pimentas.
Reportagem: Marco Damy
Cultura & Lazer – Modismos à parte, embalo continua nas discotecas.
Caixa-preta, novo conceito em sala de espetáculos.
Reportagem: Elemar de Souza Cruz
Em 8 de fevereiro de...
1918 – Briga de morte na Estação Rio Grande, hoje Rio Grande da Serra, numa empresa que explora o comércio de lenha: na briga entre dois trabalhadores, é agredido a golpes de foice Affonso Guanti Romero, que morre no local.
A guerra. Do noticiário do Estadão: na Itália, bombardeio de cidades abertas. Fuzilamento de traidores.
Santos do Dia
Jerônimo Emiliano (ou: Emiliane, Emiliani)
Josephine Bakhita
Ciríaco
Juvêncio
Município Brasileiro
Hoje é o aniversário de Água Clara, no Mato Grosso do Sul
Fonte: IBGE
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.