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Maioria defende diminuir 42 assessores em Sto.André

Dezesseis dos 21 vereadores andreenses aceitam reduzir número de auxiliares em seus gabinetes

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/10/2017 | 07:13
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Claudinei Plaza/DGABC


A maioria dos vereadores de Santo André tem posição favorável à emenda que projeta reduzir de forma gradativa dois cargos comissionados por gabinete na Câmara, o equivalente a cortar 42 apadrinhados. O texto original previa diminuição de cinco assessores por parlamentar, mas não houve consenso. Levantamento do Diário aponta que a proposta modificativa apresenta entendimento de mais de dois terços do plenário, contabilizando ao menos 16 votos, o que seria suficiente para acolher a mudança, que deve ser apreciada hoje em definitivo.

O projeto, de autoria da mesa diretora, presidida por Almir Cicote (PSB), visa atender exigência por paridade entre cargos de confiança e efetivos na Casa, firmada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e Ministério Público. A emenda estabelece que as nomeações não podem ultrapassar limite de dez servidores – atualmente, são 11 – em janeiro de 2018 e nove no dia 31 de dezembro do ano que vem. Ex-presidentes do Legislativo, como Sargento Juliano (PSB), José de Araújo (PSD) e José Montoro Filho, o Montorinho (PT), tiveram problemas nas contas devido ao número elevado de comissionados.

Cicote pontuou que há predisposição de diversos vereadores para votar a emenda. A bancada petista, com cinco integrantes, indicou votar pela alteração. “Os gabinetes e a bancada batalharam nesta discussão. Existem apontamentos, tem que realocar. Contempla o pedido e deixa justo”, alegou Willians Bezerra (PT). Bete Siraque (PT) alegou que “é a melhor alternativa”. “Nós já diminuímos dois (assessores) para este ano. Seria voltar ao patamar de 2008”. Rodolfo Donetti (PPS) afirmou que, embora haja outros requisitos a cumprir, a Casa precisa se adequar. “Vamos nos enquadrar, cortando um, depois outro.”

Devido à questão financeira do município, André Scarpino (PSDB) falou ser a favor da emenda. Sargento Lobo (SD) reconheceu que existe entendimento a partir da modificação do texto. Zezão Mendes (PDT) seguiu a linha do acerto entre os colegas para reduzir os 11 atuais. “Houve entendimento, mas exemplo deveria vir de cima, do Judiciário. Não adianta pedir para parar de fumar com o cigarro na boca”. Toninho de Jesus (PMN) citou que “é possível trabalhar com nove”, e atender cidade do tamanho de Santo André, que possui 712 mil habitantes.

Marcos Pinchiari (PTB) sustentou que a ação é “mais um passo”. Ronaldo de Castro (PRB) citou ser índice razoável ao município. A emenda deve contar com poucos crivos negativos. Professor Minhoca (PSDB) admite ser contrário ao pleito. “Sou contra qualquer redução deste tipo. Tem muito vagabundo em posto, nomeado, que não trabalha. Os meus (assessores) eu escolhi a dedo e trabalham”. Fábio Lopes (PPS) também sempre colocou-se do lado oposto ao texto, mencionando ser peça de campanha eleitoral de Cicote.

Presidente do TCE, Sidney Beraldo já disse ao Diário que a Corte estuda sugerir aos Legislativos equilibrar a quantidade de comissionados ao total de habitantes. (Colaborou Felipe Siqueira) 




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