Um incêndio na manhã de ontem em uma casa na Rua Freire de Andrade, no bairro Assunção, em São Bernardo, deixou mãe e três filhas feridas. Segundo testemunhas, a família tinha se mudado para o imóvel alugado na quarta-feira.

“Estava dormindo e ouvi gritos de socorro. Quando saí, vi a casa vizinha pegando fogo”, disse a dona de casa Márcia Marinasi, 48 anos.Na residência estavam a mãe Ana Maria Fogaça Mesquita Pifaneli, 38 anos, e as filhas Gabriela, 13, Isabela, 9 e Manuela, 1.

A vizinha Zuleide Ferreira de Lima, 37, ajudou a resgatar a família. “Resolvemos ajudar, porque o caminhão do Corpo de Bombeiros teria dificuldades para entrar no terreno”, disse.

Para apagar o fogo, vizinhos e policiais pegaram extintores de incêndio e mangueira de prédio ao lado da residência.

O capitão do Corpo de Bombeiros Eduardo Drigo explicou que o fogo começou no andar de baixo. “Dá para ver que o fogo começou em baixo, e no segundo andar da casa tinha apenas ondas de calor”, disse.

Ainda segundo o capitão, Ana Maria e Manuela tiveram queimaduras em 50% do corpo e sofreram paradas cardiorrespiratórias. Já Gabriela e Isabela sofreram escoriações pelo corpo e intoxicação pela fumaça, mas estavam conscientes no momento do resgate.

Manuela e Isabela foram levadas ao Hospital das Clínicas em São Paulo, pelo helicóptero Águia, e segundo o hospital, o estado delas é grave. Conforme a polícia, Ana Maria foi socorrida ao Hospital Mário Covas e Gabriela, ao Hospital Serraria, em Diadema. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o estado de saúde delas.

O marido de Ana Maria havia dormido em casa, mas tinha saído bem cedo para trabalhar e não viu o incêndio. O casal tem mais uma filha, que escapou por não ter passado a noite no local.

Segundo a polícia, há indícios de que uma vela acesa foi responsável pelo acidente. O resultado da perícia sai em 30 dias. O caso está sendo investigado pelo 8º DP (Jardim Campestre) da cidade.

“A energia ainda não tinha sido ligada, por isso não tinha luz”, disse Mauro Sérgio Medeiros Júnior, que se identificou como familiar das vítimas.