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Desapropriações atrasam Corredor Leste-Oeste

Gestão Marinho enfrenta resistência
de moradores por onde obra vai passar

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
07/02/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


O projeto do Corredor Leste-Oeste, uma das vitrines do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para pavimentar candidatura de seu sucessor ao Paço, o secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental, Tarcisio Secoli (PT), não será concluído neste ano, conforme anunciou a gestão petista. Além dos problemas com atraso em repasses financeiros do governo federal , o canteiro, que foi idealizado para interligar extremos do município, sofre com a resistência dos moradores do bairro Alves Dias, com processo de desapropriações.

Residentes da Estrada Samuel Aizemberg, Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco e da Rua Arlindo Betti, localidades por onde a pista irá passar, fazem duras críticas à gestão de Marinho, que interrompeu a etapa de desapropriação e demolição de residências após questões judiciais.

O bairro, que se caracterizou como um dos pontos de comércio na cidade, se tornou cenário de abandono e ponto de usuários de drogas. Hoje, a vizinhança tem casas destruídas, lixos e entulho espalhados.

“Eles (governo) começaram em setembro de 2014 e no mesmo ano pararam (a obra). Depois disso, nossa vida virou um caos. As casas viraram ponto de concentração de usuários de drogas, sem contar que todas estão com acúmulo de lixo. Isso coloca em risco nossa saúde, principalmente, agora em período de dengue”, descreveu a aposentada Maria de Lourdes Olah, 63 anos, moradora da Rua Arlindo Betti.

O investimento no Corredor Leste-Oeste é de R$ 419 milhões, sendo R$ 247 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade e contrapartida municipal de R$ 172 milhões. São 13 quilômetros de extensão. Passará pelas avenidas Samuel Aizemberg e José Odorizzi, Viaduto Tereza Delta e avenidas Prestes Maia e Tiradentes.

Também moradora do bairro, a pensionista Cristina Alves do Nascimento, 65 anos, detalhou angústia. “Quando minha filha vai trabalhar fico esperando, pois não temos mais segurança. Vira e mexe aparecem ratos e baratas em nossas casas.”

Questionado, Marinho não deu detalhes sobre o atraso e de forma sucinta afirmou: “Tivemos algumas desapropriações com caráter judicial que travaram o processo, mas em breve será solucionado”.

Secretária adjunta de Transportes e Vias Públicas do governo petista, Andrea Brisida prometeu solução dentro deste mês. “A esquina da Arlindo Betti com a Estrada Samuel Aizemberg foi uma desapropriação amigável. Temos ao todo 200 desapropriações. Tivemos problemas em algumas que de certa forma impactam diretamente na obra. Acredito que neste mês resolvemos os impasses”, pontuou. 




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