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Heróis da Marvel voltam a divergir na saga ‘Guerra Civil 2’

Finalizada nos Estados Unidos, aguardada série acaba de chegar ao Brasil

Luís Felipe Soares
10/12/2017 | 07:14
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Reprodução


Saber o futuro instiga qualquer curioso. É oportunidade de descobrir o que virá em um curto, médio ou longo período à frente. Mas também há quem pense que é melhor deixar que as coisas simplesmente aconteçam e que não devemos nos antecipar sobre determinadas situações. Os dois pontos de vista são válidos, mas ganham enorme proporção na medida em que a proteção da Terra – e de parte do universo – está no meio dessa discussão.

Diversos heróis da Marvel Comics parecem estar dispostos a ir até as últimas consequências para mostrar como as informações sobre o futuro podem ser úteis ou perigosas. É nessa divisão de grupos que está estabelecida a base da história de Guerra Civil II, que começou a chegar a chegar nas bancas e livrarias. A saga agitou os quadrinhos da editora no ano passado nos Estados Unidos e até já foi concluída no mercado internacional, mas os volumes 1 (84 páginas, R$ 15, em média) e 2 (68 páginas, R$ 13, em média), ambas lançadas pela Panini Comics, estão frescos e prontos para serem colecionados pelos leitores brasileiros.

Apesar do nome, o arco não é sequência direta dos conflitos mostrados originalmente entre 2006 e 2007. Na ocasião, a editora norte-americana dividiu seus personagens em lado que defendia a liberdade de identidade e outro que era a favor da Lei de Registro de Super-Humanos. Até mesmo o filme Capitão América: Guerra Civil (2016) apenas pegou carona na popularidade da história para chamar a atenção com roteiro livremente inspirado no debate ocorrido nas HQs. A marca é utilizada para caracterizar combates gerais entre os heróis da Casa das Ideias, como o que acontece agora.

O estopim das ações é o surgimento do Inumano Ulysses, capaz ter visões e vivenciar pouco grandes catástrofes no futuro. Como o jovem recém-descobriu seu poder, ainda luta para compreender certas coisas e não tem certeza do quanto reais são esses ‘pesadelos’. Basta seus olhos ficarem vermelhos para ele acordar em pânico sobre a vinda de Thanos para o planeta ou um ataque de fúria de Hulk sobre os amigos.

Toda a comunidade de super-heróis passa a debater sobre sua ajuda. A mais otimista é Carol Danvers, a Capitã Marvel, líder dos Supremos e que está cansada de evitar desastres por um triz. Em tom mais hesitante, o Homem de Ferro ainda quer ter certezas sobre o que Ulysses é capaz. “Nós temos aqui um Inumano que nunca vimos, cuja mente é um livro fechado, e que de alguma forma pode nos mostrar ‘um’ futuro... E isso basta para você?”, questiona Tony Stark em conversa com Capitã Marvel.

A acalorada discussão só aumenta a partir desse diálogo. Interessante como a questão proposta pelo roteirista Brian Michael Bendis (um dos criadores do selo Ultimate Marvel) é capaz de mexer com o leitor mais atento, cada um observando as ideias de diferentes formas. Certos acontecimentos marcantes nos volumes iniciais já demonstram a dramaticidade da nova Guerra Civil. As ilustrações assinadas por David Marquez (com passagem pelas histórias de personagens como Homem-Aranha e X-Men) servem como meio de transporte para o confronto moderno de ideias vivido entre os superseres. 




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