Economia Titulo Tecnologia
E-learning impulsiona empresa da região
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/11/2013 | 07:35
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Denis Maciel/DGABC


O treinamento de funcionários a distância tem se mostrado ferramenta preciosa, por permitir série de vantagens às grandes empresas, como redução de custos com viagens, maior rapidez na implementação e aprimoramento dos talentos, segundo especialistas. Com o foco nesse mercado, empresa de Santo André, a SOU Educação Corporativa, tem comprovado que essa é área com grande potencial a ser explorado no País.

Nascida em 2009, a pequena companhia, que desenvolve projetos de e-learning (ou seja, educação corporativa on-line), deve fechar o ano com R$ 5 milhões em vendas, o dobro do alcançado em 2012. A meta é chegar a R$ 35 milhões em 2016. As contratações também crescem ano a ano. Em 2010, eram apenas oito funcionários; no ano seguinte, esse número subiu para 20; em 2012, eram 30; neste ano, vai chegar a 50 colaboradores.

Além disso, a empresa, que tem entre seus clientes nomes de peso como CVC, Goodyear, Syngenta, Leroy Merlin, Johnson & Johnson e Rodobens, está se mudando para espaço de 300 m², o dobro da área instalada anterior, e se prepara para ampliar ainda mais o quadro funcional, para 70 empregados em 2014.

Que explica essa ascensão? Maurício Pradella, que é mestre em Design de Hipermídia, cita que, junto com o sócio, Mário Cabral, especialista em tecnologia e mídias digitais, atuava inicialmente como consultoria nessa área, mas percebeu que “havia carência de especialistas em sistemas de aprendizagem”. Ambos fundaram a SOU e começaram a contratar pessoas de diferentes áreas (de programadores, webdesigners, profissionais de Comunicação e Letras, por exemplo).

Uma das frentes de atuação é o desenvolvimento de projetos de e-learning, o que inclui jogos (como testes de conhecimento) e simulações (por exemplo, do funcionário em atendimento). Pradella explica que tudo é feito em interação com os clientes, para entender o que é o produto (ou serviço) que será alvo da aula, construir roteiro, criar ilustrações, personagens e situações que facilitem a didática do aprendizado aos funcionários da companhia atendida.

A outra frente é a assessoria para empresas que já têm cursos prontos. Nesse caso, segundo Pradella, o desafio é que os colaboradores entrem no portal de treinamento, por meio de sistema que tenha “interface mais intuitiva” – ou seja, em que os usuários tenham mais facilidade de acessar a informação. “E se eventualmente alguém tem alguma dúvida, temos central de atendimento com help desk”, assinala.

BENEFÍCIOS

Além de a SOU atuar em mercado com forte potencial de crescimento, Pradella destaca que há a preocupação em valorizar os próprios funcionários. Desde o primeiro escritório oficial, os sócios se inspiraram nos escritórios do Google, para criar ambiente com pufes coloridos espalhados pela sala, equipada com vídeo-game, onde duelos de Mario Kart aconteciam quase todos os dias.

Sala de descompressão, atividades de integração, como festas de confraternização, e ainda auxílio (subsídio financeiro) para o empregados interessados em fazer cursos, para se aprimorar profissionalmente, também fazem parte das ações da companhia para reter os talentos.

Aprendizagem a distância atrai interesse do setor empresarial

A educação corporativa online tem atraído o interesse de grandes empresas, apontam estudos do portal Learning & Performance Brasil – idealizado e organizado pela empresa Micropower, de São Caetano, que também atua nessa área.

De acordo com estudo do site, neste ano, 84% das corporações tinham grande interesse em ter iniciativas desse tipo e outras 3% revelavam alguma disposição nesse sentido. E o que move os empresários nessa direção? Boa parte deles (52%) credita aos cursos a vantagem da redução de custos com viagens, hospedagem e transporte; outros 24% consideram que essas ações dão mais rapidez ao processo de treinamento; e outros 16% acreditam que as aulas virtuais favorecem a retenção e aprimoramento dos talentos.

Outro levantamento do portal deu uma pista sobre o volume de recursos dedicado a esse tema: 61% das companhias iriam investir, em 2013, até R$ 100 mil em educação corporativa, 21% aportariam entre R$ 100 mil e R$ 300 mil, 11% destinariam de R$ 300 mil a R$ 500 mil e 5% aplicariam mais de meio de milhão de reais em projetos desse tipo.  




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