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Guararema, portal para a tranquilidade
Sérgio Lemos
11/05/2017 | 07:56
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Divulgação


O pedestre coloca um dos pés na faixa de segurança, os automóveis param e ele atravessa a rua do Centro tranquilamente. Europa? Não pode ser. Mesmo lá existem semáforos nos cruzamentos. Em Guararema, localizada entre Mogi das Cruzes e Jacareí, distante 81 quilômetros de São Paulo, não. Com menos de 30 mil habitantes, o município funciona como um portal para uma dimensão que, em nosso íntimo, idealizamos para o dia a dia.

A magia do lugar não se restringe ao bem-estar psicológico gerado por um trânsito tranquilo. Bem perto do centro comercial chega-se à Ilha Grande, uma porção generosa de Mata Atlântica no meio do Rio Paraíba do Sul que conta com pista para corridas e caminhadas, bebedouros, sanitários e aparelhos de ginástica, além da fauna e flora que podem ser contempladas sem pressa. Próximo dali fica o Centro Artesanal Dona Nenê, um espaço climatizado onde se comercializa produção de artesãos locais.

Também na região central funciona a Estação Literária, um prédio bem imponente e moderno para as dimensões de Guararema, que abriga amplos espaços e acervo de leitura, convivência e conhecimento lúdico.

Apesar de sua discrição, Guararema tem sua história iniciada em 1652 com os jesuítas, que abrigavam índios fugitivos da escravização pelos colonos portugueses. Mas somente em 1898 é que o município foi oficialmente criado devido à expansão agrícola e após a instalação do trecho ferroviário entre Mogi das Cruzes e Jacareí, em 1876.

A ferrovia é um dos símbolos mais fortes da cidade. São obrigatórios os passeios à Estação Guararema, ao Pátio dos Ferroviários, onde está estacionada a maria-fumaça 353, chamada carinhosamente de ‘velha Senhora’, e ao Pontilhão, construção de origem belga montada em aço.

Além de igrejas antigas, trilhas, rios e outras atividades mais triviais, Guararema reserva uma experiência singela e fascinante. Localizada a sete quilômetros do Centro da cidade, o visitante chega pela Rodovia Mogi-Guararema ou a bordo dos passeios programados na maria-fumaça à Vila de Luís Carlos, um pequeno povoado ferroviário que passou por revitalização e que em uma ambientação quase cenográfica abriga em 22 construções bares, restaurantes, cafés e ateliers. A vila tombada foi uma doação de um certo comerciante de mesmo nome à cidade e a colonos que precisavam estar perto da malha ferroviária para distribuir sua produção.

Como dizem alguns moradores e comerciantes locais, se o visitante não for contagiado e quiser morar de vez em Guararema, como eles mesmo fizeram vindos da Capital e outros lugares, vale a pena visitar mais: O Pau D’alho, igreja Nossa Senhora D’Ajuda, de 1682, a Casa da Memória e outras pequenas surpresas. Para os mais curiosos, a dica é www.guararema.sp.gov.br. 




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