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Niclevicz busca novo desafio no Himalaia
Do Diário do Grande ABC
06/02/2001 | 00:48
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Depois de chegar ao cume do pico K2, no Paquistão, uma das mais perigosas do mundo, em julho do ano passado, o alpinista brasileiro Waldemar Niclevicz já definiu a próxima aventura. A sua nova meta é escalar a maior torre de granito do mundo, com 6.251m de altura, a Trango Tower. “Essa torre impressiona muito por sua verticalidade. Ela na verdade é uma grande parede de rocha”, falou o alpinista. O K2 e o Trango Tower (também chamada de Torre Sem Nome), estão localizados na mesma cadeia de montanhas do Himalaia, no Paquistão.

Niclevicz pretende definir os seus patrocinadores para formar a sua equipe, que será só de brasileiros, e divulgar a data exata de sua viagem ao Paquistão. A expedição deverá ser entre os meses de junho e agosto desse ano. Em abril, ele vai treinar nos Estados Unidos. “Se manter bem preparado é fundamental para qualquer alpinista. Em abril, eu vou para Califórnia para começar uma série de treinos rigorosos em montanhas de granito “, disse.

O alpinista pretende transmitir a sua próxima escalada por meio de seu site (www.niclevicz.com.br) na internet.

Para quem escalou o K2, que é conhecida como a Montanha da Morte (até hoje só 185 alpinistas chegaram ao seu topo e 54 morreram durante as tentativas), a escalada do Trango Tower, deverá ser mais fácil.

Niclevicz ressaltou a importância do equilíbrio emocional. “Quando você se encontra no meio de uma montanha como o K2, é necessário estar bem preparado psicologicamente. Você enfrenta muitas dificuldades: falta ar, tem ventos fortes, tempestades de neve, avalanches. Os perigos são permanentes e se você não estiver com uma cabeça boa, você acaba pirando”, contou.

Ele só conseguiu chegar ao cume do K2 na terceira tentativa. “Tentei em 1998, mas não consegui. Voltei em 1999, mas de novo não deu. Com uma grande experiência adquirida nesses anos, voltei em 2000 e consegui atingir o objetivo.”

Além do K2, que é o segundo maior pico do mundo, o alpinista já esteve no topo do maior de todos, o Everest, no Nepal, com 8.848 m, em 1995. Ele também escalou os Sete Cumes, a maior montanha de cada um dos continentes.

O alpinista está escrevendo um livro contando a sua aventura no K2 que deverá ficar pronto no fim desse ano. “Não pretendo voltar ao K2 nunca mais. É muito perigoso e arriscado. Se eu não tivesse muita determinação, acho que teria desistido”, confessou.




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