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Pérola Negra abre desfile de SP contando a história da Vila Madalena
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05/02/2016 | 23:36
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De volta à elite do carnaval paulistano após conquistar o vice-campeonato do Grupo de Acesso em 2015, a Pérola Negra abriu na noite desta sexta-feira, 5, o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Com o enredo "Do Canindé ao samba no pé. A Vila Madalena nos passos do balé", a escola vai homenagear seu bairro-sede, uma região boêmia, que concentra muitos bares e se tornou palco de comemorações. O início do desfile atrasou em razão de problemas de iluminação no Anhembi.

Com 2.800 integrantes, divididos em 24 alas, a Pérola Negra busca o título da elite do carnaval paulistano com um enredo que conta a história do bairro através da dança. A escola do carnavalesco Fábio Borges começa a apresentação do enredo lembrando que a região já foi uma área de Mata Atlântica e destaca a dança como sedução no reino animal, além das danças indígenas.

O enredo vai retratar ainda a formação da Vila Madalena, com a chegada dos estudantes, dos hippies, e a formação de sua efervescência cultural. A evolução da escola chega até aos dias atuais e mostra uma Vila Madalena como principal área de concentração dos blocos de rua.

Com 200 integrantes, a bateria da Pérola Negra é comandada pelo mestre Henrique Sampaio, conhecido como Nê. A angolana Carmen Mouro, rainha da bateria, é a primeira estrangeira a representar a ala dos ritmistas no carnaval de São Paulo. Outros destaques da escola são Carlinhos de Jesus, Fernando Rocha, apresentador do programa "Bem Estar", da Globo, e a dançarina do Faustão, Juliana Valcezia.

Samba-enredo: "Do Canindé ao samba no pé. A Vila Madalena nos passos do balé"

É na ginga da dança... que eu vou

Solta o corpo e balança... amor

Vem ver como é que é, samba na ponta do pé

Pérola Negra vem nos passos do balé

É carnaval, a minha vila contagia

A joia rara te convida pra dançar

O som da mata ecoou em sinfonia

A revoada cortando o ar

Das águas, o bailar da sutileza

Celebrando a natureza

O índio cantou e dançou a noite inteira

Da fé rituais em louvor, ôô

Com cheiro de mato, o som da viola embalou

Negro firma o batuque na palma da mão

Vem no toque de Angola, levanta a poeira do chão

Fazendo festa pro seu rei coroar

"Semba" ioiô, samba iaiá!

E sanfoneiro puxa o fole bem ligeiro

Pra folia começar

Bate zabumba e pandeiro

Tem quadrilha no arraiá

Nas ruas o povo espalha alegria

A boemia encontra o seu "santo lar"

De portas abertas a cultura

Ritmando a mistura da arte popular

Olé, olé, olé, olá,

Faz mais um eu quero ver a galera delirar

E nesse embalo lá vou eu

Na Vila Madalena samba até quem já morreu.




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