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Diarinho
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Insetos especiais
Pequenas grandes trabalhadoras do meio ambiente

Formigas são animais sociais; busca por alimento das saúvas pode ajudar a fertilizar solos onde vivem

Luís Felipe Soares
01/07/2018 | 07:16
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Divulgação


Muito do desenvolvimento do meio ambiente passa pelas atividades eficazes das formigas. Presença constante nas florestas e no ambiente urbano, esses insetos contam com mobilização de trabalho capaz de causar inveja nas mais bem estruturas fábricas do mundo. Todas sabem seu papel e precisam cumprí-lo com sucesso para o bem-estar da comunidade, além de gerar benefícios para a natureza da região onde vivem.

Mais de 20 mil espécies estão espalhadas pelo planeta, todas sendo consideradas obrigatoriamente sociais, ou seja, só sobrevivem com ajuda de toda uma sociedade ao seu redor. As formigas saúvas (mais comuns no ambiente habitado por humanos), por exemplo, levam pedaços de folhas para parte interior da comunidade – montada a vários metros para dentro do solo – e geram fungos cultivados após muito tempo que servem como alimento. Outras espécies podem comer insetos que encontram no chão e bebem o néctar presente nas plantas.

A criação da comida para as saúvas acaba sendo benéfica para as raízes das plantas locais, uma vez que faz com que o espaço no chão fique rico em nutrientes a serem absorvidos pela terra. Há quem diga que esse tipo de inseto prejudica pequenas plantações, mas, no geral, seu impacto na imensidão da natureza é bem pequeno.

Os gigantescos sauveiros são montados a partir da agitação das rainhas virgens, que vão para fora do formigueiro onde vivem e realizam o voo nupcial com os machos (mortos depois da procriação). As novas soberanas, agora sem asas, têm missão de encontrar local distante da antiga casa para iniciar outra comunidade no chão com ajuda de suas filhas operárias. A preocupação das pessoas em manter ambiente limpo sem restos de alimento em casa ajuda as líderes a não ocuparem espaços em frestas nas madeiras e nos ladrilhos.

Por não possuírem narinas, as formigas utilizam as potentes antenas para ‘cheirar’ coisas e umas às outras, se reconhecendo em odor específico. Elas se comunicam por meio de efeitos químicos liberados no formato de ‘perfumes’ especiais que induzem determinadas tarefas, como acionar companheiras sobre possível fonte de alimento ou iniciar ataque a quem pisou em um formigueiro.

A existência do animal é tão marcante no mundo que foi capaz de inspirar projetos audiovisuais ao longo do tempo, incluindo as aventuras de um herói que leva seu nome (veja mais ao lado) e cujo segundo filme está pronto para estrear no Brasil. O trabalho de formiguinha é mais poderoso – e influente – do que se imagina.

Parceria marca ‘Homem-Formiga e a Vespa’

O Universo Cinematográfico da Marvel anda muito sério nos últimos meses. Os acontecimentos de Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita influenciaram esse mundo dos heróis no cinema de maneira muito forte. Um certo alívio cômico faz parte dos acontecimentos de Homem-Formiga e a Vespa, com estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira (5), com cópias dubladas e legendadas, além de opções em 3D.

O protagonista foi criado nos anos 1960 e ganhou forma nas telonas em 2015, chamando a atenção pelo estilo engraçado e pela capacidade de diminuir de tamanho e conversar com as formigas. Em Capitão-América: Guerra Civil (2016), ele mostrou que também pode ficar tão grande quanto um prédio ou maior. É justamente após essa história que o novo longa-metragem se desenvolve.

Scott Lang (Paul Rudd) foi preso e firmou acordo com o governo para ser libertado. Como o nome do filme diz, há grande espaço para mostrar o potencial de Vespa (Evangeline Lilly) e de que forma a dupla precisa agir em sintonia para enfrentar vilã fantasma que roubou a nova tecnologia criada pelo gênio Hank Pym.

Para quem acompanha todo o universo Marvel no cinema, é bom ficar atento para a questão da existência do Reino Quântico, capaz de abrir espaço no tempo para viagens importantes que podem ajudar todos os heróis.

Consultoria de Paulo Sérgio Oliveira, professor e biólogo especialista em ecologia e comportamento de insetos do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). 




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