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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do leitor
Necessidade ou desperdício?
Por Do Diário do Grande ABC
12/06/2018 | 10:30
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O momento mais delicado da assistência à Saúde é o da definição diagnóstica. Diagnóstico correto é o primeiro passo para se definir o tratamento apropriado. Bernard Lown, médico professor emérito da Harvard School of Public Health, afirmou que a história clínica, em 75% das consultas, fornece informações suficientes para o diagnóstico, mesmo antes da realização do exame físico e da solicitação de exames complementares.

O relatório Melhorando o Diagnóstico na Assistência à Saúde, publicado pelo Instituto de Medicina norte-americano em 2015, aponta que norte-americanos serão vítimas de, ao menos, um erro diagnóstico ao longo da vida, algumas vezes com consequências, e 5% dos que buscam assistência ambulatorial experimentarão um erro diagnóstico, a metade com possibilidade de danos. Nos últimos anos o número de queixas por erros diagnósticos contra o sistema de Saúde do Reino Unido cresceu 22%. É sabido que diagnósticos tardios aumentam o risco de disseminação e complicações, tornando o tratamento mais difícil. Médicos que trabalham em condições de pressão podem perder preciosas informações durante a coleta de dados clínicos.

Deve ser saudada a primeira edição da Lista de Exames Laboratoriais Essenciais, da OMS (Organização Mundial da Saúde), onde são destacados os exames para endereçar prioridades. A lista, baseada em evidências científicas, cita os que devem estar disponíveis na assistência primária à Saúde.

Estima-se que o laboratório clínico contribua com 70% das informações utilizadas pelos médicos em suas decisões. Meta-análise realizada ao longo de 15 anos revelou a prevalência de subutilização (44,8%) do que a superutilização (20%) de exames laboratoriais. Portanto, deve-se avaliar o valor e os benefícios trazidos por eles.

Redes de farmácias já oferecem exames laboratoriais, sem regulação, e cabe considerar o alerta da OMS: ‘Isoladamente eles não trarão os impactos desejados. É necessário que o laboratório clínico tenha infraestrutura, seja integrado, conectado, possua recursos humanos treinados e capacitados e sistemas de garantia de qualidade’. No Brasil, o Palc (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos), da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e reconhecido pela ANS (Agência Nacional de Saúde), avalia a qualidade dos laboratórios clínicos brasileiros, contribuindo para assegurar a confiabilidade dos seus resultados e a segurança dos pacientes.

Nas palavras do doutor Tedros Ghebreyesus, diretor da OMS, “ninguém deve sofrer ou morrer por causa da falta de serviços diagnósticos ou por não ter acesso aos exames mais indicados”. 

Wilson Shcolnik é presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial.  

Palavra do leitor

Dia dos Namorados

 Hoje é dia de buscar o par perfeito, mesmo sabendo que é espécie extinta, pura ficção. O que existe são pessoas imperfeitas que conseguem ficar juntas por tempo indeterminado. Pode existir alguém que possua características e sabedorias compatíveis para aceitar os diferentes pontos de vista, ajudando a unir e a fortalecer o relacionamento. Fique alerta, nem tudo que brilha é ouro. A pessoa desejada pode ter as melhores qualidades do mundo, mas pode não servir para você, e você não servir para ela. O melhor a fazer é ‘pular fora’ e esquecer. Tome muito cuidado com seus sentimentos. Construir bons relacionamentos é missão difícil, dá enorme trabalho. São necessárias paciência e persistência. Fuja dos ‘amores virtuais’, promessas e principalmente simpatias para Santo Antônio. Por favor, não ‘torture’ o pobre santo. Ele pode te castigar, e você ‘pegar’ somente gripe, depressão e solidão eterna. Prepare-se, faça a coisa acontecer a seu favor. Hoje e sempre a noite promete. E cumpre. Vá à luta e boa sorte!

José Machado

 São Bernardo

Musicando 

 Parabéns ao Diarinho pela reportagem ‘Atenção aos sons’ (dia 10). Aprendizado com música é iniciativa muito boa para alunos da Emeif Darcy Ribeiro, em Santo André, com o projeto Construindo Música. Aproveitando este espaço do Diário, gostaria de oferecer gratuitamente à Prefeitura de Rio Grande da Serra chácara próxima ao bairro da Pedreira para que se instale no local projeto desse tipo, não só às crianças e aos adolescentes, mas também aos idosos da cidade. As aulas de música e internet aos idosos na Crisa, em Santo André, estão paradas. Dizem que estão dando um tempo. Estamos ansiosos para o retorno, e tomara que seja o mais breve possível. Música, canto e poesia estão sempre unidos por elo chamado alegria: de sorrir, de viver, de cantar e de sonhar. A minha infância foi bem assim. Com o canto e a poesia a emoção brotava em todos os corações. Fui educada em colégio de irmãs salesianas, em Batatais, no Interior. Graças a Deus.

Maria Thereza José

 Santo André

Duas Lava Jatos?

 Muito difícil qualquer forma de se passar o Brasil a limpo com o Judiciário que temos hoje. A Lava Jato, que veio para dar fim à corrupção, ou ao menos estancar a sangria do roubo, não consegue ultrapassar a barreira do STF (Supremo Tribunal Federal). A Suprema Corte criou duas Lava Jatos: a de Gilmar Mendes, que blinda os colarinhos-brancos, livrando-os da cadeia; e a das excelências, que têm foro privilegiado e, por essa razão, caem nas mãos dos ‘bonzinhos’ ministros da segunda turma, que não veem mal algum em fingir que os ditos criminosos são inocentes. Por mais atenta que a população esteja, está ficando insustentável tamanha desfaçatez. Que Justica é esta que escolhe formas de punir dependendo de quem é o cidadão? Temos dois códigos penais, um para os pobres e outro para os ricos? Senhores, tenham vergonha na cara! O Brasil é muito maior que seus egos. Cumpram a lei. É o mínimo que se espera.

Izabel Avallone

 Capital

Imobilidade

 Foi publicada reportagem neste Diário sobre a liberação do corredor de ônibus da Rua João Firmino, em São Bernardo (Setecidades, dia 8). Não concordo com os dizeres, de que vai melhorar o trânsito, porque desde que foi liberado o que se vê é o caos nas adjacências, com trânsito infernal, corredor com quantidade de ônibus muito abaixo do esperado. No mesmo dia 8 levei quase meia hora para atravessar de carro a João Firmino sentido Centro, tendo em vista que não havia nenhuma fiscalização no local para se evitar os excessos dos motoristas.

Maria de Lourdes Babosa dos Santos

São Bernardo

Às moscas 

 Em clima de Copa, o Congresso atrasa votações importantes. Desde o início de junho, o Congresso fecha seu expediente com a ausência de vários parlamentares. A desculpa é sempre a mesma: ‘festas juninas’. As cadeiras largas, estofadas, nas cores preta e chumbo, estão quase todas vazias e, daqui em diante, o silêncio tomará conta do Parlamento. É o que chamam de ‘Casa da cidadania’. Frequência mesmo só a faxineira, com o dever de zelar pelo espaço, hoje sem ninguém para assinar ‘a lista de presença’. Projetos importantes que seguiriam para votação se perderam no amontoado de papéis, sem data ou previsão de leitura, análise e decisão final. Cabe a nós, pagadodores de impostos, analisarmos essa situação medíocre, que vai se estender nos próximos dias em razão da Copa. Vão trabalhar meio turno, pois desejam assistir aos jogos na parte da tarde. Estamos às vésperas da eleição!

Thiago Valeriano Braga

Capital




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