“Falando em teatro amador, não podemos nos esquecer do grupo denominado ‘Turma’, que era dirigido pelo rádioator Carlos Rivani.”
Da Memória de 4 de abril de 2018, com texto de Claudio Prieto, acadêmico de São Caetano.
Os acadêmicos de São Caetano. Estamos preparando as reportagens do mês. Temos quatro entrevistados, segundo a lista do organizador dos encontros, Carmelo Conti. Dois já concordaram em falar. Um terceiro prefere o anonimato. O quarto ainda não foi contatado.
A série, iniciada em janeiro, tem rendido bons frutos. Recebemos um carinhoso e-mail da jornalista Maria Angélica Ferrasoli (ex-Diário), comentando o texto que publicamos com as lembranças (boas lembranças) do Claudio Prieto. Escreveu Angélica:
“(...) Ao ver o título – ‘Pra lembrar o grupo teatral Turma’ –, tomei um susto e, depois de ler o texto todo do Claudio Prieto, mais uma vez pensei que realmente o tempo é uma coisa cíclica, que fica dando voltas e brincando com as gerações, às vezes no mesmo espaço físico...”
Feitas as observações, Angélica escreveu um texto ótimo, cuja primeira parte vai reproduzida a seguir.
Depois do susto...
Texto: Maria Angélica Ferrasoli
Quando vi a associação entre ‘grupo teatral’, ‘turma’ e São Caetano, imediatamente me lembrei do meu grupo de teatro da adolescência, nascido a partir de um festival de dramaturgia promovido no Instituto de Ensino de São Caetano, em 1980.
Era o Fadrama, que reuniu vários pequenos grupos de estudantes interessados em participar do festival.
Entre idas e vindas nos encontros aos sábados, formamos uma ‘turma’. E, assim como a mãe do Lô Borges cunhou o termo ‘Clube da Esquina’, as nossas oficializaram o ‘turma’: “Vai de novo se encontrar com a turma?” “A turma vem em casa hoje?”.
A turma, diga-se de passagem, éramos eu, então estudante de Secretariado no período da manhã; Neivaldo José Geraldo, Sílvio Lúcio Berengani, Carlos Aberto Xavier, João Afonso Alcarria Martins e Ricardo Penachi de Carvalho (todos do curso de Eletrônica, acho), Márcia Cherubin e Roseli Rodrigues da Silva, ambas do Secretariado noturno.
Havia outras pessoas, inclusive de fora do Instituto, que eventualmente também ensaiavam e saíam conosco, mas o ‘núcleo duro’ era esse.
Pizza e vinho.
Mas de uma outra geração
Depois dos ensaios, nosso destino quase sempre era a Capital, especialmente o circuito teatral e os bares do Bexiga. Se a escolha fosse São Caetano, o destino certo era o Bar Brasil, que funcionou durante muitos anos na Rua Baraldi, com seus garçons velhinhos e falantes; sua boa pizza e vinho de garrafão – naquela época ninguém ligava para a qualidade da bebida, mas sim para a companhia.
O Fadrama, infelizmente, não chegou a acontecer. Mas nós não nos demos por vencidos. Criamos um jornal na escola, o E aí?, que se manteve por singelas duas ou três edições, e produzimos um folhetim de poesias, que íamos vender nas escadarias do Municipal de São Paulo e outros pontos culturais. Sim, porque, apesar de não ter mais festival, fomos para a rua apresentar nosso trabalho.
Foram duas apresentações na Praça da Matriz, com o espetáculo do Augusto Boal, Revolução na América do Sul. E mais algumas em escolas estaduais e no Teatro Santos Dumont. Nós não tínhamos uma direção artística consolidada, embora o Xavier fosse nosso principal orientador nos exercícios teatrais.
AMANHÃ EM MEMÓRIA
A ‘turma’ vai para a Metodista
Diário há 30 anos
Domingo, 3 de abril de 1988 – ano 30, edição 6717
Grande ABC – Turismo ecológico integrado.
Indústria – Liberação de preços aumenta concorrência entre montadoras.
Polícia – Disputa nas favelas: será obra da Falange Vermelha? Tráfico, o caminho do crime organizado. Primarismo versus sofisticação, a realidade. Reportagem: Walter Venturini.
Em 4 de abril de...
1918 – O menor Plínio Ghirardello, 12 anos, foi atropelado por uma bicicleta em São Bernardo. Fraturou a perna direita.
Nota – Plínio sarou da perna. Cresceu. Deu contiuidade aos estudos, formando-se em Odontologia. Teve papel preponderante como uma das lideranças da autonomia de São Bernardo, na década de 1940.
A guerra. Do noticiário do Estadão: a catedral de Noyon, na França, em chamas.
Até o fim de 1918 os Estados Unidos terão na França um milhão e 500 mil homens.
1973 – Samcil (Serviço de Assistência Médico ao Comércio e Indústria) inaugura hospital em São Bernardo: Avenida Pereira Barreto, 846.
Nota – As instalações ainda existem e o hospital leva o nome de Hospital e Maternidade Baeta Neves.
1978 – Construtora Garant, sediada em São Bernardo, requer concordata.
Santos do Dia
Isidoro de Sevilha (560-636)
Casimiro
Pedro de Poitiers
Platão (monge)
Municípios Brasileiros
Celebram aniversários em 4 de abril:
Em São Paulo, Alfredo Marcondes, Aramina, Cruzália, Itajobi, Jaci, Marília e São José do Rio Pardo.
Em Sergipe, Aquidabã
Na Paraíba, Coremas
Na Bahia, Dom Macedo Costa
No Rio Grande do Norte, Extremoz e Governador Dix-Sept Rosado
No Espírito Santo, Presidente Kennedy
No Rio Grande do Sul, São Gabriel
Fonte: IBGE
A fauna do Grande ABC
Cobra falsa coral
Inofensiva. Não possui veneno. Seu alimento são os anfíbios, como a perereca.
A coloração é muito bonita. Na natureza, o preto e vermelho são cores que os predadores identificam como inimigo perigoso.
No presente caso, fotografado em Riacho Grande, essa serpente imita uma coral verdadeira, que é muito venenosa e usa o veneno para se defender.
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