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São Caetano perde 24 pontos no Brasileirão; médico e presidente são suspensos
Do Diário Online
07/12/2004 | 02:43
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O São Caetano foi condenado a perder 24 pontos no Campeonato Brasileiro e a pagar multa de R$ 50 mil por causa da morte do zagueiro Serginho, em 27 de outubro, no jogo contra o São Paulo. Em julgamento de quase 9h, finalizado apenas na madrugada desta terça-feira, a 1ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) ainda decidiu pela suspensão por 720 dias do presidente do Azulão, Nairo Ferreira de Souza, e por 1440 dias do médico do clube, Paulo Forte.

A punição imposta pelo STJD derruba o São Caetano da 4ª para a 14ª posição na tabela do Brasileirão, passando de 77 para 53 pontos. Apesar de não correr risco de rebaixamento, o clube do Grande ABC dá adeus às chances de conseguir uma vaga na Copa Libertadores da América/2005. O veredicto do STJD, assim, favorece o São Paulo (já garantido no torneio sul-americano) e o Palmeiras (praticamente garantido na repescagem da Libertadores).

O São Caetano tem 72h para recorrer da pena – e vai fazê-lo, segundo o advogado do clube no caso, João Zanforlin. O último recurso do clube será julgado pelo tribunal pleno do STJD, que também será presidido por Luiz Zveiter. O julgamento deve ocorrer na próxima segunda-feira.

Os cinco auditores do STJD foram unânimes ao apontar o São Caetano como responsável pela morte do zagueiro Serginho. O presidente Nairo Ferreira e o médico Paulo Forte deixaram a sede do STJD, no Rio, sem fazer pronunciamento sobre o veredicto. O advogado João Zanforlin discordou da punição e adiantou que o clube vai lutar para revertê-la.

"O médico do clube (Paulo Forte) é muito competente. Se realmente alguém do Incor (Instituto do Coração) tivesse dito que o Serginho não poderia jogar, ele (Paulo Forte) não colocaria o Serginho em campo", argumentou João Zanforlin.

Em exames de rotina feitos no Incor (São Paulo) em fevereiro deste ano, o médico Edimar Bocchi advertiu que Serginho tinha uma cardiopatia (arritmia ventricular) e corria risco de morte. Paulo Forte, em sua defesa no julgamento no STJD, alegou que não recebeu qualquer recomendação do Incor sobre a necessidade de obrigar Serginho a parar de jogar futebol.

O médico pegou quatro anos de gancho por omissão de documentos que comprovariam a doença cardíaca de Serginho. Já o presidente Nairo, que alegou ao STJD não ter conhecimento do problema com o zagueiro, foi responsabilizado pela condição irregular do atleta falecido.




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