Candidato a deputado estadual pelo PCdoB de Mauá, Atila Jacomussi afirmou que evitar o tradicional vermelho, cor que identifica logotipo da sigla, para usar amarelo em materiais de campanha é estratégia de marketing. “Amarelo acaba, muitas vezes, trazendo mais destaque à nossa propaganda. Foi uma opção da nossa equipe”, disse o comunista.

Santinhos, adesivos, placas, faixas e cavaletes que divulgam a imagem de Atila são todos preenchidos predominantemente pela cor amarela. A linha gráfica e o logo da campanha são os mesmos utilizados na eleição de 2012, quando disputou a Prefeitura pelo PPS. No segundo turno, deixou a sigla para apoiar o prefeito Donisete Braga (PT), que articulou a filiação no PCdoB.

“Uma das cores do PCdoB é amarela. É a cor do martelo e da foice que representam nosso partido, a luta das forças trabalhadoras, operárias e camponesas. Optamos por utilizar a marca Atila, que foi muito presente, traz a ideia de renovação e Jacomussi mostra a tradição política”, explicou.

A campanha de Atila não tem atrelado atividades com a de seus candidatos majoritários: a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta reeleição, e de Alexandre Padilha (PT) ao governo do Estado. No fim de julho, por exemplo, Padilha fez caminhada no Centro de Mauá, ao lado de Donisete e petistas da cidade. Mesmo com o ato em seu quintal, o comunista não compareceu.

“Estava no Interior e acabei não conseguindo conciliar a agenda. Mas o PCdoB esteve lá, na figura do João Gaspar, atual presidente (municipal). Não tem nenhum tipo de desgaste”, alegou Atila.

Proveniente do grupo político do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB), o clã Jacomussi atua com apoio de setores conservadores do eleitorado do município. Historicamente, o grupo foi adversário de propostas de esquerda e, principalmente, do PT. Na terceira gestão do petista Oswaldo Dias (2009-2012), Atila era vereador e liderou a oposição.

“Estivemos no segundo turno com Donisete, mas nossa linha é independente. Para o grupo Jacomussi, acima das questões partidárias, estão questões públicas e a maneira que avaliamos a política na cidade. Manteremos a nossa simbologia independentemente de partidos.”