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Parte da Força vai
com presidente Dilma

Ao lado do ex-presidente Lula, candidata à
reeleição pelo PT recebe apoio de 6 centrais

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/08/2014 | 06:44
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Ricardo Trida/DGABC


Dissidentes da Força Sindical formalizaram apoio político à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, em ato de campanha ontem, no ginásio da Portuguesa, na Zona Norte de São Paulo, ao lado do mentor e maior cabo eleitoral do partido, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Grande parte da central, hoje dirigida por Miguel Torres, aderiu à empreitada do senador Aécio Neves (PSDB) na corrida ao Palácio do Planalto. O suporte foi anunciado em conjunto com outras cinco entidades sindicais.

Na plenária à noite, que reuniu aproximadamente 1.500 pessoas, o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, discursou com série de bandeiras da entidade nas arquibancadas e falou em compor com o Planalto a partir de 2015. Sem mencionar cargos, o dirigente sugeriu que o novo acordo com as centrais passa por abrir a administração federal para participação efetiva de quadros dos sindicatos, o que praticamente não aconteceu no primeiro mandato da petista, fato que rachou a parceria.

“No próximo governo faremos composição de interesses para ajudar a presidente a gerir o País”, frisou Juruna, antigo aliado de Lula, seguindo a fala de outros dirigentes, como da UGT (União Geral dos Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) e CUT (Central Única dos Trabalhadores). As entidades entregaram manifesto de apoio e carta de reivindicações nas mãos de Dilma.

Embora haja fissuras, Dilma destacou a “lição de unidade” das centrais em torno do projeto “iniciado com Lula”. A petista abordou, no discurso, propostas implantadas em 11 anos do PT à frente da Presidência. Ela frisou as políticas de valorização do salário mínimo, em vigor desde 2011, atacando o adversário tucano. “Eles já estão falando em adotar ações impopulares. Querem acabar com essa medida, que reparou injustiças”, disse. Como tema de campanha, a presidente reiterou que o mote, desta vez, será: “A verdade vai vencer o pessimismo, falsidades e a desinformação.”

Postulante do PT ao governo estadual, Alexandre Padilha ficou escanteado novamente.
Afônico, Lula justificou “gripe violenta”, mas mesmo assim usou o microfone por 30 minutos. O cacique petista argumentou que os adversários “muito falam em futuro” como coisa abstrata, só que, segundo o ex-presidente, esse período começou em 2002, com a eleição do primeiro operário.

“Tivemos coragem de quebrar preconceitos, fizemos o Bolsa Família, ProUni, Pronatec, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida.” Ele encerrou o discurso sobre necessidade de fazer reforma política por meio de constituinte exclusiva. 




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