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Qual é o dinossauro mais antigo?

Paleontólogos já descobriram mais de 1.000 espécies, mas a quantidade que existiu é maior

Por Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
06/07/2014 | 07:00
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Marina Brandão


As duas espécies de dinossauros mais antigas já descobertas pelos estudiosos são da América do Sul. Uma delas é o Estauricossauro (Staurikosaurus pricei), achado no Brasil, na região de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 1940. Os detalhes sobre o animal foram descritos em 1970 por um pesquisador norte-americano.

É um dos fósseis mais completos já encontrados, com mandíbula, coluna vertebral, quadril e membros posteriores preservados. Viveu há 225 milhões de anos. Tinha 2 m de comprimento e era carnívoro.

Outro dino muito antigo é o Herrerassauro (Herrerasaurus), que habitava o Norte da Argentina. Viveu na mesma época que a espécie brasileira, tinha 2,5 m e também era carnívoro. Os fósseis foram achados em 1959 por um pastor de cabras perto da cidade de San Juan.

Na Era Mesozoica (entre 230 milhões e 65 milhões de anos atrás), existiam dinossauros em todas as regiões do planeta. Eram répteis com tamanhos variados. Entre os menores já descobertos está o Microraptor (Microraptor zhaoianus), que media em torno de 50 cm. Foi encontrado em 2000 na China. Um dos maiores é o Argentinossauro (Argentinosaurus huinculensis), com 36 m de comprimento. Ganhou esse nome por ter sido achado na Argentina.

Há várias hipóteses que tentam explicar o desaparecimento dos dinos. Uma delas defende que o impacto de um meteoro gigantesco gerou nuvem de poeira que mudou o clima no planeta, afetando a cadeia alimentar.

Aves são parentes

Acredita-se que as aves sejam descendentes diretas dos dinossauros. Com o passar de milhões de anos, espécies que escaparam da extinção se adaptaram e evoluíram para sobreviver. O Microraptor, por exemplo, tinha penas. Outros dinos também possuíam plumagem ou penachos, caso do famoso Velociraptor. É possível que até mesmo o Tiranossauro rex apresentasse penugem na juventude, perdendo-a na fase adulta.

Saiba mais

Há réplicas de dinos na Estação Ciência (Rua Guaicurus, 1.394, tel.: 3871-6750), em Sampa. Ingresso: R$ 2 e R$ 4. Na Sabina Escola Parque também tem cópias de esqueletos e robôs dinossauros. Fica aberta nas férias de terça a domingo, das 12h às 18h. Ingresso: R$ 5 e R$ 10 (até 5 anos não paga); R$ 7,50 a R$ 15 para quem quiser ver sessão do planetário. Rua Juquiá, bairro Valparaíso, tel.: 4422-2000.

Quem perguntou?

Antonio Anselmo Emediato, 8 anos, já viu vários filmes e desenhos sobre dinossauros;

seu preferido é Jurassic Park. O garoto curte os animais pré-históricos e acha que seria superlegal se algumas espécies ainda existissem. “Teriam de ser as herbívoras, porque as carnívoras comeriam a gente. Seria muito perigoso.” Antonio acha interessante os répteis terem vivido há tanto tempo. “Já fazem milhões de anos que desapareceram.”

Consultoria de Alexander Kellner, paleontólogo e pesquisador do Museu Nacional/UFRJ.




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