Política Titulo Transporte
Futuro do Metrô no ABC
será definido em um mês

Relator, Citadini afirma que informações do Estado
chegaram na sexta e que quer uma solução rápida

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/05/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Antonio Roque Citadini estipulou prazo de 30 dias para analisar em definitivo a licitação da Linha 18-Bronze, que ligará a Capital ao Grande ABC por monotrilho. Relator do processo, Citadini sinalizou que o período está baseado na resposta prestada na sexta-feira pelo governo do Estado. “Documentos foram encaminhados aos órgãos técnicos. Em torno de um mês volta para eu tomar decisão. Há interesse da nossa parte em resolver o quanto antes a situação.”


 

A concorrência internacional 03/13, instaurada pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, foi paralisada depois que a empresa PL Consultoria Financeira e RH Ltda, de Barueri, entrou com representação para impugnar o certame, alegando possíveis irregularidades no edital. O grupo denunciou suposto “conluio estratégico na fase de definição das diretrizes fundamentais do projeto”. “São duas representações juntadas ao processo que passarão por consideração da auditoria, com cerca de 18 questionamentos”, relatou Citadini.


 

O outro requerimento foi de Virgílio Alcides de Farias, um dos integrantes regionais da Rede Sustentabilidade. Na ação, o representante criticou a escolha do modal, afirmando que o valor de R$ 4,6 bilhões para a construção da linha afronta o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, especialmente comparando-se à quantia estimada para a construção de 150 quilômetros de via pela prefeitura de São Paulo, por meio do BRT (Bus Rapid Transit).

Conforme o projeto, o trajeto passará por Santo André, São Bernardo e São Caetano, terá 15,7 quilômetros de extensão e 13 estações.


 

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), revelou conversa com Citadini. Segundo o petista, a pedido dos secretários estaduais Edson Aparecido (secretário-chefe da Casa Civil) e Julio Semeghini (Planejamento). “Ponderei ao conselheiro que as medidas do tribunal poderão atrasar demasiadamente a consolidação da licitação. Isso é prejuízo a todo o Estado, em particular ao Grande ABC. A expectativa é a de que de fato destrave.”


 

Marinho mencionou que o argumento utilizado por Citadini é que a paralisação temporária se deu por prudência devido à provocação da empresa de Barueri, acusada de participação em escândalos envolvendo contratações feitas pelo poder público. O petista ironizou a contestação do grupo. “Isso não é real. Imagine que no mundo (inteiro) só tenha duas empresas que possam participar dessa concorrência. É meio esquisito”, afirmou.




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