1 – Como definir minha pretensão salarial?

Primeiro é preciso saber quais são seus custos fixos e com qual valor você consegue viver com algum conforto, para que você entre na empresa e consiga focar no trabalho. Fazendo essa análise você terá um valor ideal de pretensão e um valor mínimo aceitável, caso precise negociar. Além disso, sempre leve em conta quais benefícios estão sendo oferecidos pela empresa/vaga, se tiver um carro, por exemplo, você pode diminuir um pouco a pretensão salarial, da mesma forma se não tiver um plano de saúde você precisa quantificar o valor de um plano e agregar esse valor à pretensão salarial. Além disso, lembre-se de ter uma coerência com o valor do seu último salário, no mercado dificilmente vemos aumentos superiores a 20% em uma troca de empresa, a grande maioria das vezes temos aumentos de 10% a 15%. Vale ainda ter como base algumas tabelas salariais, como as de entidades do setor de atuação ou o Guia Salarial da Robert Half.

2 – O que faço se o salário que a empresa ofereceu estiver abaixo da minha pretensão?

Seja sincero com o recrutador, tendo como base argumentos que envolvam sua experiência, qualificação e dados do mercado. Não é recomendado dizer, por exemplo, que precisa de um salário maior porque vai casar ou quer comprar uma casa. Talvez a oportunidade não seja a ideal para você e, provavelmente, você não se sentirá feliz a longo prazo.

3 – É negativo para o candidato negociar o salário?

Não, desde que ele tenha uma coerência no discurso desde o primeiro contato. Se inicialmente a pretensão salarial dele era ‘X’, e a proposta veio menor, vale conversar para entender se existe possibilidade de chegar em ‘X’. Mas mudar a pretensão salarial no meio ou no fim do processo pode sim gerar uma imagem negativa. O único cuidado é que o candidato deve escolher o momento certo, estar preparado e apresentar com tranquilidade seus argumentos para justificar o salário desejado e ter sucesso na conversa.

4 – Como devo negociar meu salário?

Como já dito anteriormente, o profissional deve saber a média de salários pagos pelas empresas, o momento do mercado de atuação e os próprios diferenciais em relação aos demais concorrentes. Sabendo disso, mostre para o recrutador como você pode contribuir positivamente para a empresa, para que ele enxergue valor agregado. Não use razões pessoais – como, por exemplo, dívida de cartão de crédito ou um alto financiamento ou educação dos filhos – para defender o seu ponto de vista. Além disso, não exagere no percentual de aumento desejado em relação à sua última remuneração. Um percentual de ajuste em torno de 10% e 15% em um cenário de economia desacelerada é o adequado. E se mantenha flexível para uma eventual negociação.

5 – Como se deve reagir diante da negativa de um pedido de aumento?

Procure entender com o seu empregador quais são os motivos para a negativa. Caso estejam relacionados às suas habilidades pessoais e profissionais, faça uma avaliação sincera e busque caminhos para elevar sua qualificação. Se estiverem ligadas ao momento da economia do País, do mercado ou da empresa, tente deixar agendada uma nova conversa para daqui a seis meses ou um ano, por exemplo.