Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Memória
>
Memória
Um livro pelas águas da Amazônia
Por Ademir Medici
03/03/2018 | 07:00
Compartilhar notícia


Memória chega à Amazônia graças a um livro de memórias. Memórias do futebol. E quem nos conduz é um professor, Gaspar Vieira Neto, autor de Memória do Esporte Bretão Caboclo, os Primórdios do Futebol no Amazonas (1903 a 1914).

A capa do livro já havia sido mostrada. Faltava falar um pouco do autor. Professor Gaspar, em troca de e-mails com Memória, contou a aventura que enfrentou para trazer um exemplar do livro até São Paulo.

Encarei quatro dias de viagem de barco pelo Rio Madeira, saindo de Manaus até Porto Velho.

De Porto Velho encarei mais dois dias de ônibus até São Paulo.

Foi uma aventura.

Na volta peguei outro ônibus até Belém, percorrendo mais três dias. Precisava ir a Belém para fazer uma pesquisa sobre a excursão que o Nacional de Manaus fez ao Pará em 1922. Não se tinha nenhuma informação sobre essa excursão nos jornais antigos de Manaus.

Graças a Deus, encontrei todos os jogos e crônica dessa excursão nos jornais de Belém. E isso vai constar no segundo volume do meu livro, que sairá brevemente.

Cumprida a minha missão, tive de navegar mais cinco dias de barcos de Belém até Manaus pelo Rio Amazonas. Mas tudo valeu a pena.

DRIBLANDO A COMUNICAÇÃO

E valeu mesmo. Só um boleiro entende quanto sacrifício o pesquisador de futebol faz em busca de um dado de uma partida, de um jogador, de um lance do futebol. É o que fazem os pesquisadores do Memofut (Grupo Literatura e Memória do Futebol), nas reuniões periódicas no Pacaembu e nos seus momentos de folga – já que todos são profissionais nas mais diferentes áreas.

No caso do professor Gaspar Vieira Neto, as dificuldades foram ainda maiores. Nós, aqui do Sudeste, enviávamos mensagem para o Norte do País e a resposta demorava. O motivo? É o professor quem explica:

– Desculpa a demora em te responder. Acontece que estou trabalhando em uma escola na zona rural de Manaus que fica distante quatro horas de barco da Capital. Lá não pega sinal de celular e nem internet e só venho ao Centro da Capital nos fins de semana.

O livro do professor Gaspar só foi lançado em e-book. O contato é o ‘zap’ (92) 9-9128-3924. Exemplar encadernado pode ser consultado na biblioteca do Museu do Futebol, este projeto vitorioso que todos podem e devem conhecer. Procurem pelo bibliotecário Ademir Takara. Competente e sempre disposto a colaborar.

Os primeiros clubes amazonenses

Texto: Gaspar Vieira Neto

Com o início da exportação da borracha, Manaus se transformou em uma das cidades mais ricas do Brasil e do mundo. Devido a isso centenas de imigrantes aportaram na cidade, atraídas pela grande circulação de dinheiro. E entre eles vieram os ingleses, que instalaram várias firmas na cidade, além de comandarem os serviços básicos de Manaus.

Esses ingleses trouxeram para o Amazonas os esportes que eles praticavam em sua terra, como o críquete, o tênis e o futebol. 

A primeira informação de um jogo de futebol no Amazonas é de 1903, quando os ingleses praticavam, aos fins da tarde, jogos de futebol na Praça Floriano Peixoto, no bairro da Cachoeirinha, em Manaus.

Há uma informação da época que diz que os ingleses teriam fundado, nesse período, um clube de futebol de nome desconhecido. Mas é somente em 1906 que o futebol começa a ter um pequeno impulso em Manaus, quando o maranhense José Conduru Pacheco funda, nesse mesmo ano, um time chamado Racing Club Amazonense, considerado oficialmente como o primeiro clube de futebol a surgir no Amazonas.

Meses depois os ingleses fundavam o Manáos Sport Club, que seria o primeiro rival do Racing. Dessa maneira o futebol, timidamente, começa a sair do anonimato no Amazonas.

Em 1907 surge um novo rival do Racing, o Sport Club de Manáos. Todos os jogos aconteciam na Praça Floriano Peixoto.

Em 1908 um grupo de ingleses funda o Manáos Athletic Club. 

Em 1909, finalmente, o futebol cai no gosto da população e da imprensa amazonense. Só nesse ano surgem em Manaus 16 times de futebol, entre eles o Brasil, Ideal, Guarany, República, Independência, Amerika, Reserve, Aprendizes Marinheiros, Amazonas, Manáos Football Club e União Sportiva Amazonense.


Diário há 30 anos

Quinta-feira, 3 de março de 1988 – ano 30, edição 6691

Manchete – Constituinte aprova voto para menores de 18 anos

Denúncia – Diário flagra corrupção na emissão de carteiras do trabalho em Santo André.

O julgamento dos prefeitos – Diário ouve 70 moradores de São Caetano, que dão nota 3,6 à administração do prefeito Walter Braido.

Memória – O Alto da Serra em 1910.


Em 3 de março de...

1968 – Inaugurado o Grupo Escolar Waldomiro Silveira, de Vila Guaraciaba, em Santo André.

1973 – Corinthians campeão do Torneio Laudo Natel: 2 a 1 frente ao Palmeiras. Gols de Rivelino e Lance para o Corinthians, Milton para o Palmeiras.

Lance, que mora em Santo André e é leitor de Memória, subiu mais que Luiz Pereira – Luiz Chevrolet, com raízes em São Caetano –, fazendo o gol do título.

Hoje

Dia da Genealogia Paulista. A data marca a morte de Pedro Taques de Almeida Pais Leme, em 1777. Ele é tido como o patriarca da genealogia paulistana, ou piratiningana, ao escrever obras clássicas ligadas ao tema.

Dia Mundial da Vida Selvagem, comemorado pela primeira vez em 2014.

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 3 de março:

Em Minas Gerais, Alagoa, Autazes, Bandeira, Canaã, Carbonita, Chapada do Norte, Claro dos Poções, Mirabela, Nova União, Santa Rita de Ibitipoca e Varzelândia.

Em Alagoas, Pão de Açucar.

Na Bahia, Ribeirão do Largo.

Fonte: IBGE

Santos do Dia

Marino e Astério. Mártires romanos no século 3. São Marino é considerado o padroeiro dos soldados.

Nas Ondas do Rádio

Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) –  Memória. Para lembrar o governador Mário Covas. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h.

O 30º governador paulista

Texto: Milton Parron

No dia 6 de março de 2001, vítima de câncer, faleceu em pleno exercício do cargo o 30º governador do Estado de São Paulo, Mário Covas Júnior. 

Ele havia iniciado sua trajetória pública pouco antes do golpe militar de 64, quando candidatou-se a prefeito de Santos. 

Derrotado, lançou-se candidato a deputado federal em 1962, obtendo expressiva votação. Foi reeleito para ser cassado em 1969, com base no Ato Institucional nº 5. 

Depois de dez anos afastado da vida pública por imposição do referido AI 5, Mário Covas voltou a ser eleito deputado federal. Mais à frente disputou e ganhou uma cadeira de senador. Também foi prefeito biônico de São Paulo e, finalmente, governador eleito e reeleito pelo povo.

Sua instigante trajetória pública, com a devida ilustração com os fatos de época, será o destaque do programa Memória deste fim de semana.

Rádio ABC AM (1570) – Portugal Trilha Nova Rádio Show. Caminha para o ano 52 (1966-2018). As mais belas canções portuguesas, por intérpretes de Portugal e do Brasil. E mais: notícias, futebol, histórias, memória. Toda a vitalidade do seu produtor e apresentador, Varela Leal, com a participação igualmente ativa da esposa e cantora Mimi Varela. Amanhã, do meio-dia às 14h.

Nota – Varelinha está no programa Memória na TV desta semana. Ele e o seu Benfica querido. Acessem: www.dgabc.com.br .




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.