Terça-Feira, 23 de Abril de 2024
Seção de Pesquisa e Documentação da Prefeitura de São Bernardo, Alameda Glória, 197, esquina com a Rua Jurubatuba. Aqui a cidade mantém a sua documentação histórica.
Centro da cidade. Trecho inicial da Linha Jurubatuba, parte integrante do Núcleo Colonial de São Bernardo, aberto há 140 anos. De fato e direito, um lugar excelente para a guarda da história local. Ocorre...
Ocorre que o antigo Parque Infantil Santa Terezinha, posteriormente Escola Municipal de Educação Infantil, precisa de reparos urgentes.
O grito vem de alguém insuspeito, Pedro Sarti. São-bernardense. Batateiro. Profissional técnico liberal. Ele visitou o lugar é se decepcionou.
LEMBRETES
1 – A sabedoria de antigos prefeitos – leia-se Lauro Gomes, Aldino Pinotti e Hygino de Lima – dizia que tão importante como uma nova obra é a sua manutenção. A capelinha Santo Antonio, centenária, no bairro dos Casa, é mantida, com êxito, pela própria comunidade, como <CF160>Memória</CF> demonstrou no ano passado.
2 – Os servidores da Seção de Pesquisa e Documentação são competentes. E atualizados. Têm ideias. Tem formação. Conhecem os novos equipamentos adotados pela moderna historiografia – estantes adequadas, atmosfera climatizada, centro informatizado, monitorado, como ocorre com o Arquivo do Governo do Estado de São Paulo. Basta de improvisação. Os servidores precisam ser ouvidos pelos novos gestores.
3 – A memória de São Bernardo já perdeu muito, no passado. Preserva muito, também. Mas todo cuidado é pouco. Ou zelamos por este acervo valioso, ou vamos chorar lágrimas de sangue.
Com a palavra, o secretário Guazzelli, como pede o missivista. Mas com a palavra, em especial, o prefeito Orlando Morando.
Pela Seção de Pesquisa e Documentação, nascida da antiga Sala São Bernardo da Biblioteca Monteiro Lobato, passam pesquisadores e visitantes de todo o Grande ABC e de outros pontos do Estado e do País. É a nossa sala de visitas maior da memória.
O visitante fica com duas impressões: ótima pela riqueza de informações obtidas, péssima pelo estado de conservação do espaço, como diz Pedro Sarti no texto que se segue.
Bela viola, pão bolorento
Texto: Pedro Sarti
Estive na Seção de Pesquisa e Documentação de São Bernardo para ver fotos antigas do Jardim do Mar, que foi aberto pelo meu pai. Senhor Adalberto José Guazzelli, secretário de Cultura, o prédio está como o ditado popular: “Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento”.
Fica até bonito contratar um artista para grafitar o muro do lado de fora. Dentro do prédio: que tristeza!
Quando chove os funcionários têm que tirar as mesas debaixo das goteiras, cobrir documentos históricos.
Basta trocar meia dúzia de telhas para resolver o problema das goteiras. Depois, algumas latinhas de tinta para tirar o cheiro de mofo.
Sei que a atual situação financeira da Prefeitura está difícil. Mas, convenhamos, o tipo de serviço de que necessita a seção é bem simples. Não é uma obra suntuosa como a do Museu do Trabalhador, que necessita de licitação e o chamamento de construtoras do porte da Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Basta acionar a mão de obra da Secretaria de Serviços Urbanos.
Lembramos que a Prefeitura tem a obrigação de fazer manutenção periódica deste e dos demais próprios municipais. No presente caso, o prédio que serviu à antiga Emei Santa Terezinha foi tombado como patrimônio histórico.
Nas Ondas do Rádio
Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – Memória. Justiça à cantora e compositora Miriam Batucada. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h.
Miriam Batucada.
Para não esquecer
Texto: Milton Parron
Miriam Ângela Lavecchia ainda não tinha sido tema do programa Memória. Nascida na ‘República’ da Mooca em dezembro de 1946, ela foi registrada em janeiro de 1947. Ficou mais nova, como costumava brincar.
Aprendeu a batucar com as mãos, ainda pequena, quando conheceu uma menina num salão de cabeleireira. Descobriu que não era preciso utilizar instrumentos de percussão para marcar o ritmo.
A partir dessa habilidade, juntando com o talento que também tinha para o canto, começou a se apresentar em festinhas nas casas vizinhas e em clubes do bairro. Deixou de ser Miriam Lavecchia e se tornou Miriam Batucada, uma grande artista e grande colega de trabalho, como também um ser humano doce e generoso.
Trabalhamos juntos na Jovem Pan, nos anos 1960. Eu na reportagem e ela apresentando um programa no período da tarde e que levava seu nome.
‘Seo’ Tuta, dono da rádio, e Nilton Travesso, diretor de imagens da TV Record, é que tiveram a ideia, e, como sempre, foi um sucesso.
Para o programa deste fim de semana, escolhemos trechos de apresentações de Miriam Batucada em alguns shows em teatros, também uma entrevista divertidíssima num programa apresentado por Clodovil na extinta TV Manchete, além de depoimentos e muitas músicas, embora ela tivesse gravado muito pouco.
Miriam Batucada morreu de infarto do miocárdio em 2 de julho de 1994. Tinha apenas 46 anos. Uma pena que tenha caído tão rápido no esquecimento!
Diário há 30 anos
Quarta-feira, 24 de fevereiro de 1988 – ano 30, edição 6684
Manchete – Constituinte deixa estabilidade para lei complementar
Grande ABC – Região recolhe grande quantidade de donativos aos flagelados das enchentes.
Em 24 de fevereiro de...
1918 – Notícias do Tiro de Guerra 34, sediado no Distrito de Santo André:
Os atiradores, competentemente uniformizados, inclusive os de São Caetano, devem se apresentar à subsede, na Capital: Rua Almirante Barroso, 108, às 13h deste domingo.
Liga Nacionalista de São Paulo comemora os 27 anos da Constituição da República. Professor Azevedo Marques profere conferência. Local: salão do Centro Acadêmico Onze de Agosto.
A guerra. Do noticiário do Estadão: a situação na Rússia. O avanço alemão. Os diplomatas aliados preparam-se para deixar Petrogrado. Os turcos iniciam a ofensiva no Cáucaso. As propostas russas de paz à Alemanh</CW>a.
Hoje
Dia da conquista do voto feminino no Brasil
Santos do Dia
Sérgio
Montano
Ediberto
Municípios Brasileiros
Celebram aniversários em 24 de fevereiro:
Na Bahia, Adustina, Araças, Banzaê, Caraíbas, Feira da Mata, Igrapiúna, Itaguaçu da Bahia, Iuiú, Jucuruçu, Nova Redenção, Novo Triunfo, Piraí do Norte, Ponto Novo, Presidente Tancredo Neves, Sítio do Mato, Sobradinho, Umburanas e Vereda
No Mato Grosso, Araguainha
Em Minas Gerais, Sabinópolis
Fonte: IBGE
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