O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), vai testar pela primeira vez a unidade do G-12, grupo de vereadores da oposição ao seu governo na Câmara. Ele prepara para encaminhar projeto de lei com mais uma edição do programa de recuperação fiscal, o Refis, para criar condições de pagamento a quem está inadimplente com o Paço.

Entretanto, a disputa deve ficar concentrada no número de parcelas que o cidadão ou a empresa terá para honrar o passivo com a Prefeitura. Enquanto a administração quer limitar o fatiamento do pagamento a no máximo nove vezes, o bloco de oposição estuda redigir emenda para estender esse parcelamento em 40 vezes.

O texto ainda não chegou à Casa, mas interlocutores do prefeito já comunicaram as lideranças do G-12 sobre o desejo de Lauro. A ideia é impulsionar a arrecadação neste ano, pois a previsão não é otimista com relação à receita própria municipal. A lista de dívida ativa do Executivo de Diadema soma R$ 1,063 bilhão.

Porém, o G-12 promete fazer jogo duro. Líderes da ala consentiram em aprovar a nova edição do Refis, entendendo que há cidadãos interessados em parcelar suas dívidas e ficar em dia com a Prefeitura. Mas não acreditam que as nove parcelas sejam atrativas. “Se ele (Lauro) acha que as 40 parcelas são injustas, a gente não acha. Vamos ver na hora da votação. Quem tiver mais voto, vai vencer”, comentou uma liderança do G-12, que preferiu não se identificar.

A bancada governista hoje se resume a nove nomes, contra 12 da oposição. Não à toa que os contrários ao governo conseguiram emplacar requerimentos de convocação de secretários – Tatiane Ramos (Educação) e José Marcelo Marques Ferreira (Obras) foram intimados a prestar esclarecimentos sobre problemas em suas Pastas.