Foi sepultado ontem no Cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá, o corpo do ex-prefeito de Rio Grande da Serra William Valério Ramos, que governou a cidade entre 1983 e 1988. Estava internado no Hospital Nardini, onde faleceu na quinta-feira. Tinha 62 anos, estava afastado da política e há vários anos vinha enfrentando problemas de saúde, inclusive submetendo-se a sessões de hemodiálise. A causa de sua morte foi um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Antes de ser prefeito, William Ramos foi vereador pelo antigo MDB – assumiu em 1976 e permaneceu no Legislativo até a véspera de tomar posse como prefeito. Ele fez parte de rol de jovens prefeitos em Rio Grande, sucedendo àquele que, à época, foi o mais jovem prefeito do Brasil, Aarão Teixeira, que o apoiou em sua campanha.

Como os demais prefeitos da época, William Ramos teve o seu mandato prorrogado em dois anos. Ao ser eleito, declarou ao Diário: “Teremos 30 mil prefeitos em Rio Grande”, referindo-se à população da cidade.

Em sua administração, buscou recursos do Estado, a fundo perdido, para pavimentação de vias, canalização do Córrego Santa Tereza e término do Ginásio Municipal. Uma das polêmicas enfrentadas foi a consolidação do novo cemitério, o São Sebastião. Tinha vários opositores à obra, que hoje é realidade como única necrópole da cidade, em substituição ao extinto Cemitério Santa Cruz. Uma obra de vulto do seu governo foi a conclusão do Estádio Teixeirão, em 1985, iniciada pelo seu antecessor, Aarão.

William Ramos nasceu em Utinga, Santo André, no dia 24 de fevereiro de 1954, e com dois anos sua família mudou-se para Rio Grande. Residia no Recanto Alpino, em Rio Grande da Serra. Filho de Francisco Morais Ramos e Ana Faria Ramos, ele deixa a mulher, Tânia Leite Medeiros Ramos, os filhos Cibele, Carina e William Filho, e quatro netos.