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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Memória
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MEMÓRIA
A nossa bela vila rebaixada. Infeliz. Mas confiante
Por Ademir Medici
04/12/2018 | 07:00
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São Bernardo, 1938 a 1944. A ‘nossa bela vila’ via-se rebaixada a mero distrito de Santo André.
Sede histórica da antiga Freguesia de São Bernardo (século 19), sede de todo o Grande ABC como município autônomo de 1890 a 1938, o rebaixamento pela penada do interventor Adhemar de Barros era um insulto. Como resistir naqueles tempos de plena ditadura do Estado Novo?

Meia-noite. Simonsen telefona

Texto: Plinio Ghirardello (*)

(na luta pela emancipação de São Bernardo) Uma comissão é constituída e foi falar com Carvalho Sobrinho, então nomeado prefeito de Santo André pelo mesmo interventor Adhemar de Barros.

Carvalho Sobrinho mostrou-se amigo, mas depois moveu a maior guerra aos nossos propósitos. Chegou ao ponto de prender o nosso processo de emancipação, com toda a documentação. Para isso teve o auxílio do Dr. Cirillo Junior, evitando que o processo de São Bernardo fosse enviado ao Rio de Janeiro, juntamente com os processos de outras cidades paulistas que também pleiteavam a elevação a municípios.

Esta ação de Carvalho Sobrinho foi revelada pessoalmente pelo Sr. Wallace Simonsen, que, mais de meia-noite, nos telefonou, e fez com que a essa hora nos reuníssemos na sede da Sociedade Amigos de São Bernardo. E o Sr. Simonsen veio de São Paulo, àquela hora, nos fazer ciente do que havia acontecido.

Via-se no semblante de Wallace Simonsen a mágoa e a revolta na alma. Disse, então, que iria até o fim, custasse o que custasse.

Fomos, em comissão, falar com o Dr. Gabriel Monteiro da Silva, diretor do departamento das municipalidades. E o tempo ia passando.

CONTINUA

Notas
1 – “A nossa bela vila” faz referência à letra do Hino de São Bernardo, de autoria de Wallace Cockrane Simonsen, com música do maestro João Silvério da Silva, o ‘João Gomes’.

2 – Departamento das municipalidades. Criado e desaparecido no Estado Novo. O que ia pelos municípios deveria ali ser tratado, em período de exceção. O departamento propunha-se a fazer o papel de uma assembleia legislativa. Lembremos: na ditadura não havia espaço nem para o Senado, Câmara Federal, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal. O Poder Legislativo estava suspenso no Brasil da ditadura de Getúlio Vargas.

(*) Manuscrito de nove páginas datado de maio e 1973 e arquivado na Seção de Pesquisa e Memória da Prefeitura de
São Bernardo.

O Museu do Trabalhador

Ele pode começar simples.
Com essas ferramentas centenárias

O verdadeiro Museu do Trabalhador do Grande ABC esparrama-se pelas sete cidades, nos seus distritos, nos seus bairros. Imaginem uma bancada daquelas bem antigas abrigando e expondo as ferramentas que o Sr. Flavio Vertematte guardou, herança do pai, Natalino Vertematti.

Hoje mais quatro exemplos: duas ferramentas que o Sr. Natalino comprou e duas que ele mesmo projetou e construiu, utilizando tocos de madeira nobre das matas da Serra do Mar.

Senhores das casas de memória do Grande ABC: quem será o primeiro a manifestar interesse neste tesouro? A história local passa pela simplicidade dos trabalhadores. E pelos seus guardados.

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‘Nós, os pioneiros da moda’
 

Saudosismo não é, porque ninguém pode ser saudosista das durezas da vida. Mas é impossível não fazer algumas comparações entre o hoje e o ontem. No bom sentido, se me faço entender.

Da crônica de Lourenço Diaféria publicada pelo Diário em 4 de dezembro de 1988. Confiram a íntegra no Facebook da Memória – acessem o endereço acima.

Diário há 30 anos

Domingo, 4 de dezembro de 1988 – ano 31, edição 6927

Manchete – (Orestes) Quércia não apoia frente antiLula em 1989. O governador falou de política ao acionar o sistema trólebus em São Mateus.

Quatro morrem no primeiro acidente na linha do trólebus. Um Volkswagen bate em trólebus na Avenida Pereira Barreto, trecho de Santo André.
 

Hoje

- Dia Mundial da Propaganda
- Dia do Orientador Educacional
- Dia do Perito Criminal Oficial
- Dia do Podólogo

Santos do Dia

- Bárbara. Religiosa com raízes no Egito ou na Antioquia. É invocada nas tempestades contra o raio.
- Bernardo de Parma
- João Damasceno, presbítero e doutor da Igreja.
 

Em 4 de dezembro de...

1916 – Criado o Distrito de Paz de São Caetano, pertencente ao município de São Bernardo.
1918 – Aos 46 anos morre o engenheiro civil Alfredo Cajado de Lemos. O féretro saiu da Avenida Paulista, número 42, para o Cemitério da Consolação.
Nota – Filho do Dr. Antonio Rodrigues Cajado e Maria Magdalena Lemos Cajado, Alfredo deixa a mulher, Hercilia, e quatro filhos menores.
Tinha três irmãs e quatro irmãos. Um deles, Antonio Cajado de Lemos, foi o fundador e diretor-proprietário da Cerâmica Privilegiada, em São Caetano, e hoje é nome de rua no bairro.




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