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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Memória
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Memória
O engraxate que virou referência no jornalismo
Ademir Medici
20/06/2018 | 07:00
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O jornalista Enio Campoi nasceu na Rua Bahia, hoje Rio Grande do Sul, em São Caetano. Quando estava com 10 anos, ganhava uns trocados levando rolos de filmes entre os cinemas da cidade. Pegava um rolo do Max, levava para o Urca (depois rebatizado de Lido) e, de lá, corria com outro rolo para o Primax e vice-versa. 

“Além da graninha, ainda assistia a alguns filmes grátis das salas das máquinas de projeção, incluindo os ‘proibidos para menores de 18 anos’, para inveja da molecada amiga. Estas lembranças me fizeram chorar quando assisti a Cinema Paradiso. Eu me vi nesse filme antológico.”

O COMUNICADOR

Enio Campoi se formou. Correu mundo. Trabalhou em empresas multinacionais. Criou sua própria empresa de assessoria, há 45 anos, sediada no Centro de São Paulo, mas jamais se esqueceu de São Caetano. Tanto que participa ativamente das reuniões mensais dos acadêmicos. Hoje, portanto, é dia de cumprimentar Enio Campoi pelo seu aniversário.

Boas lembranças e belas fotos são guardadas por este são-caetanense. Vamos a elas

O CENTRO ACADÊMICO

Um local de encontro de gente culta, inteligente, assertiva, onde se debatia desde assuntos sobre futebol até política internacional, ideologias, música, cinema, poesia, educação e cultura.

SÃO CAETANO

Uma cidade provinciana quando nasci, que se transformou ao longo do tempo numa cidade moderna, bem estruturada, com uma invejável qualidade de vida, sem ter perdido, ainda, um pouco da velha tradição de respeito e amizade entre seus habitantes.

LEMBRANÇAS QUE FICARAM

Meus pais, minha irmã, meus avós, meus tios e sobrinhos, e demais parentes. 

Lembro-me da charretinha puxada por um cachorro e, depois, por um carneiro que meu pai (um marceneiro de mãos cheias) fabricou pra mim. 

A ‘venda’ e o bar que meu pai empreendeu numa tentativa de negócio, mas que fracassou, por confiar e vender a ‘fiado’.

Eu trabalhava com meus pais e andava a cavalo pelas ruas da cidade. O cavalo era atrelado a uma carroça para entrega de mercadoria da venda para os clientes. 

O futebol jogado nas ruas de terra e nos terrenos baldios, e, na adolescência, às 6h da manhã no Estádio Anacleto Campanella com a turma do Grêmio e do CA. 

Cheguei a participar das peneiras do São Paulo Futebol Clube, no Canindé. 

Pular quase todo dia na lagoa da Cerâmica, onde retiramos alguns colegas afogados.

Pescar com meu tio e primos no Rio dos Meninos.

Fui coroinha da matriz

O Grêmio Estudantil 28 de Julho organizava shows e bailinhos, os famosos ‘bate coxas’ na Acasc.

Fui repórter do Jornal de São Caetano (convidado pelo João da Costa Faria) e do News Seller (hoje, Diário do Grande ABC).

FURO JORNALÍSTICO

O jovem repórter Enio Campoi não engoliu aquela história de ‘reunião secreta’ dos vereadores. Escondeu-se na copa da Câmara Municipal. E anotou a discussão dos vereadores, que planejavam aumentar seus subsídios, dois ou três dias após as eleições municipais.

A reportagem gerou o famoso movimento do ‘Protesto Silencioso’, pelo Grêmio e pelo CA e que monopolizou toda a população, até que os autores da safadeza voltassem atrás na proposição. 

O ENGRAXATE

Hoje um nome respeitadíssimo no setor automobilístico, nacional e internacional, Enio Campoi não se esquece que foi engraxate, à revelia do pai, num salão de barbeiro da Avenida Roberto Simonsen, “para ajudar a família”.

ENIO CAMPOI

Nascimento: São Caetano, 20 de junho de 1942

Filiação: José Campoi e Carmen Campoi

Irmã: Neide Campoi

Mulher: Cleide Bononi Campoi

Filhos: Márcia, Fernando e Juliana

Escolaridade: Escola Paroquial de São Caetano, curso Professor Beraldo; Colégio Estadual Coronel Bonifácio de Carvalho, Colégio Oswaldo Cruz e Escola Superior de Propaganda e Marketing. Licenciado em Jornalismo, Relações Públicas e Propaganda. 

Atividades profissionais: Cerâmica São Caetano, Pirelli, Scania, Volkswagen, Ultrafertil e Júlio Ribeiro & Mihanovich Propaganda.

Hoje (e desde 1973): diretor da Mecânica de Comunicação, empresa própria.

OUTROS ACADÊMICOS

ANIVERSARIANTES DE JUNHO

14 – Ivanoe Capusso

22 – Ivan Capusso

26 – Caio Martins

Diário há 30 anos

Domingo, 19 de junho de 1988 – ano 31, edição 6783

Educação –Ensino Técnico vive graves momentos no Grande ABC. Professores ganham mal e deixam escola. Governo estadual não define política.

Cf. reportagem especial de Marli Barbosa.

Em 20 de junho de...

1918 – Registrados muitos furtos de campainhas elétricas, lâmpadas e fios de iluminação em bairros de São Paulo. A polícia tem dificuldade de localizar os responsáveis, mas encontra muitas campainhas em duas casas do Centro.

Nota – A eletricidade vivia seus primeiros anos e uma nova modalidade de falcatrua passava a ocupar as páginas policiais.

A guerra. Do noticiário do Estadão: a Alemanha ataca e vê fracassar as suas frentes.

1963 – Criada a Paróquia Santa Maria, do bairro Demarchi.

A criação da paróquia foi um sonho de batateiros das famílias Demarchi, Capassi, Morassi, Camolesi, Fanani, Tolotti, Bertok, Molão e de toda uma comunidade que vivia em torno da agricultura e dos nascentes restaurantes que fazia (e faz) frango com polenta.


Santos do Dia

Rafael Palácios 

Adalberto de Magdeburgo

Florentina

Hoje

Dia Mundial do Refugiado

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 20 de junho:

No Mato Grosso do Sul, Bandeirantes

Na Bahia, Casa Nova

No Rio Grande do Sul, Caxias do Sul

Em Alagoas, Jaramataia

No Rio de Janeiro, Natividade

Em Tocantins, Peixe

No Mato Grosso do Sul, Vicentina

Fonte: IBGE




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