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Securitizadoras de crédito: alternativa?
Simpi-SP
11/04/2018 | 07:07
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Quando se trata de captação de recursos para empresas, nós já apresentamos diversas modalidades nesta coluna, oferecidas por bancos convencionais, agências de desenvolvimento e até por meio de fintech’s. Hoje, abordamos as securitizadoras de crédito que, basicamente, são empresas especializadas em agrupar vários tipos de ativos financeiros, convertendo-os em títulos padronizados negociáveis no mercado de capitais. Em outras palavras, elas fazem a antecipação de recebíveis mercantis às empresas que as procuram, que se comprometem a realizar o pagamento futuro – do principal e juros – a partir de um fluxo de caixa proveniente da carteira de ativos selecionados.

Segundo Alexandre Sanches El Sahli, sócio-diretor da FMI Securitizadora SA, o sistema bancário está cada vez mais restritivo nas operações financeiras de concessão de crédito e, com isso, as securitizadoras estão gradativamente ganhando espaço no mercado, ajudando as empresas. “No sistema financeiro brasileiro ocorre a chamada concentração bancária, onde cinco bancos praticamente dominam 90% do mercado, causando uma significativa distorção entre demanda e oferta de crédito. Como existe muita demanda e poucas instituições oferecendo linhas de crédito, as taxas de juros acabam se elevando”, explica, complementando que as securitizadoras se prestam para que as empresas possam ter outra opção para captar recursos, além dos bancos. “As taxas praticadas pelas securitizadoras são bem competitivas e, geralmente, estão abaixo das oferecidas pelas instituições financeiras convencionais”, afirma o especialista.

Além da possibilidade de obter crédito a taxas competitivas, El Sahli destaca a vantagem da desburocratização. “As operações são muito rápidas e fáceis, com agilidade e transparência. Na FMI Securitizadora, a análise de crédito inicial do cedente pode demorar cerca de dez dias úteis, mas, após ser aprovado, a liberação do crédito é instantânea, ou seja, a partir do momento em que o cedente começa a enviar os recebíveis, a análise de risco começa a ocorrer na mesma hora, sendo possível liberar o crédito no mesmo dia”, diz ele, cuja empresa oferece crédito para capital de giro e fomento mercantil. “Focamos bastante no setor industrial e de comércio, mas não atendemos o setor de serviços”, conclui.

Reestruturação do sistema tributário brasileiro

Não é de hoje que a categoria econômica da micro e pequena empresa brasileira clama pela simplificação (de verdade) e a racionalização do caótico STN (Sistema Tributário Nacional). Segundo Marcos Tavares Leite, especialista jurídico do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria), já está bastante adiantada a tramitação de uma proposta de reforma tributária no Congresso Nacional, que visa, entre outras questões, melhorar a repartição da carga tributária entre os entes federativos, simplificação na arrecadação e gestão dos tributos pelos contribuintes e racionalização da carga tributária, de forma a atingir mais a renda. “Se aprovada, essa reforma unificaria vários impostos em apenas dois ou três, melhorando em muito o nosso sistema tributário que, hoje, é caótico, e considerado um dos piores do mundo, tanto para quem cobra como para quem paga”, afirma.

O advogado explica que o governo tem se esforçado para aprovar pequenas reformas, como as alterações na sistemática do PIS/Cofins, que, embora bem-vindas, não promovem a necessária modernização. “É urgente falarmos de ampla reforma, reduzindo custos e ônus para o contribuinte e para o próprio Estado.” 




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