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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Selic baixa: foco no lucro operacional
Do Diário do Grande ABC
14/03/2018 | 10:55
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Artigo

A menor taxa básica de juros da história – 6,75% – é, sem dúvida, grande notícia para a economia brasileira. Será aditivo extra para a retomada do desenvolvimento dos negócios, mas as empresas que atuam em mercados com baixas margens de lucros devem ficar atentas: com menor resultado financeiro, terão de reforçar o retorno operacional, ou seja, de suas atividades-fim. Uma das áreas com margens mais comprimidas, em razão da legislação, da excessiva regulação e da judicialização, é a medicina suplementar. Em janeiro, por exemplo, entrou em vigor o novo rol de procedimentos e eventos em Saúde, definido pela agência reguladora. Tornaram-se obrigatórios exames, medicamentos, terapias e cirurgias que impactam em até 4% as despesas de atendimento das operadoras de planos de saúde.

Há várias outras áreas da economia em que não é possível repassar todos os custos aos consumidores, sob pena de redução do ritmo de negócios. São aquelas que vendem produtos populares e que obtêm resultados pela escala de vendas. Essas podem se beneficiar da retomada econômica, embora o índice de desemprego ainda seja muito elevado. Quando a taxa Selic – padrão estabelecido pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central – estava mais alta, os ganhos financeiros compensavam, de alguma forma, os maus resultados operacionais. Os números dos balanços não expressavam, portanto, as dificuldades de determinado exercício.

Com taxas de juros mais civilizadas, chegou a hora da verdade. Os processos das empresas terão de funcionar muito bem, fruto de ajustes já executados ao longo dos últimos anos, de aguda recessão. Mas e quem não fez a lição de casa? Nesse caso, ficarão mais evidentes o que funciona e o que vai mal em sua estrutura produtiva e gerencial. Bons resultados operacionais exigem produtividade, investimentos tecnológicos, controle de despesas, qualificação da equipe e aperfeiçoamento da infraestrutura. São consequência do nível de satisfação do cliente e das vantagens competitivas de uma empresa. A lucratividade, por sua vez, demonstra que a companhia está no caminho certo, mesmo que sempre seja necessário melhorar práticas e processos.

Analistas já preveem aumentos de juros em 2019, para evitar que o crescimento infle os preços de produtos e serviços. Lamentavelmente, há forte desequilíbrio nas contas públicas e todos pagamos por isso. Ainda somos reféns desse tobogã financeiro. Mesmo assim, não há expectativa de que os juros voltem à estratosfera. As empresas terão de reaprender a ganhar dinheiro com sua atividade-fim. Parece óbvio, mas haverá solavancos naquelas companhias que não aproveitaram a crise para colocar a casa em ordem.

Márcio Pizzato é diretor administrativo e financeiro da Central Nacional Unimed.

Palavra do leitor

Desinteresse
Desde a saída dos militares, peço controle da natalidade. No Brasil todo, principalmente no Nordeste, região mais pobre do País, mulheres passaram a vida inteira gerando filhos que não puderam criar. De 90 milhões em 1970, já somos quase 220 milhões. Absurdo! Muitos hoje esparramados e já procriando também, sem saber dos pais e, estes, dos filhos. Moram em favelas, invadindo e construindo em áreas de risco, na miséria e com fome, dependendo das migalhas sociais do desgoverno ou da caridade de todos nós. Outros são criados no crime. Nele sobrevivem assaltando e matando gente de bem, infelicitando tantas famílias pelo Brasil inteiro, resultado do desinteresse dos nossos políticos que pensam apenas em si mesmos.
Nilson Martins Altran
São Caetano

Battisti
Lula negou, no fim de seu governo, em 2010, a extradição de Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas na Itália. Agora a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o presidente Temer pode rever a decisão de Lula e ordenar a extradição do terrorista ao seu país. Lula, sem ser presidente, vive dizendo que se eleito vai revogar as decisões de Temer. Temer é presidente por direito e deveria exercer seu papel extraditando Battisti. Presidente Temer, faça valer sua autoridade e extradite Battisti. O senhor tem medo de quem? A Itália ser-lhe-á grata.
Izabel Avallone
Capital

Cidade perdida
Difícil a localização da entrada da Cidade da Criança para quem vem de fora e chega de ônibus pela Avenida Senador Vergueiro, em São Bernardo. Acessa a Rua Tasman ciente de que a entrada se encontra no número 301. Cruza as ruas Mediterrâneo, Atlântica e chega à esquina com a Rua Banda, ultrapassado o prédio número 300, sem nenhum sinal do parque que procura. Numeração ascendente e regular até ali. Vê-se perdido. Chega até a EE Wallace Simonsen e nenhum sinal do parque. Retorna em busca do 301, afinal, esse é o número da entrada do parque. Vergonha! Por isso, os mais pobres, aqueles que não têm carro nem GPS, não encontram o 301 nem o portal de entrada da Cidade da Criança. E se não cruzam com alguém do bairro que os oriente, desistem da visita e retornam para suas casas, frustrando suas crianças. Já vi certidões de oficiais de Justiça incumbidos de citar firmas no 301, dando como inexistente o endereço. Será que o setor de emplacamento predial da Prefeitura não acordou?
Nevino Antonio Rocco
São Bernardo

Basta de violência
Ao tomar posse, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungman, deu declaração em seu discurso que deveria servir de reflexão para os mais diferentes segmentos da população. Disse ele que parte da população do Rio de Janeiro clama pelo fim da violência, mas, ao mesmo tempo, financia o crime organizado por meio do consumo de drogas. Será que isso acontece apenas na ainda Cidade Maravilhosa? Por que segmentos sociais não promovem grande campanha sobre esse assunto? Ou a repressão atual vai ser a solução?
Uriel Villas Boas
Santos (SP)

Lula
‘O que estão fazendo com Lula é algo sem precedentes neste País e fere fundamentalmente a Constituição’, disse Gleise Hoffmann. Sem precedentes, e ferindo a Constituição, foi tudo que Luiz Inácio Lula da Silva fez em seus 15 anos de ‘mandato’.
Claudio Juchem
Capital

Bolsa voto?
Já que o presidente Temer estuda aumentar o valor do Bolsa Família acima da inflação, justamente em ano de eleição e para desvincular o nome ao governo do PT, procura sugestões de nomes. Que tal ‘bolsa voto’? Não podemos nos esquecer que também o MDB (antigo PMDB) surfou na onda dessa bondade, sem nunca exigir contrapartida da população, e, assim, conseguiu triplicar o número de municípios governados pelo partido. Mudaram as moscas, mas a carniça continua a mesma!
Beatriz Campos
Capital 




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