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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Retrospectiva de um cinema chamado Tangará
Ademir Medici
05/03/2018 | 07:00
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 Ah, se o sentimento de memória valesse, Santo André trataria com mais carinho do Cine Tangará, a versão moderna das antigas salas da cidade. A construção foi um furor, a inauguração, uma festa. E pelas décadas seguintes o Tangará foi o cenário predileto da juventude andreense, com inesquecíveis festas de formatura e lançamento de novos filmes.

Inesquecíveis? Em determinada noite, a atriz Lucélia Santos, com raízes na Vila Santa Terezinha, ali esteve, e ganhou uma placa de bronze no saguão de entrada – a estrelinha de Santo André.

Inesquecíveis? Acho que esqueceram. Menos os memorialistas. Maria Claudia Ferreira nos enviou o convite da inauguração do Tangará. E nós nos lembramos de uma das primeiras séries desta página Memória, publicada em fevereiro de 1988.

Fotos e lembranças de José Guides, o Zé Molambo, então com 83 anos. Renderam quatro edições. Vânia Del Poio e J. B. Ferreira reproduziram as fotos; o Banco de Dados as guardou. E aqui estão quatro das seis imagens publicadas. Simples como a cidade, nostálgicas como aqueles que acompanharam esta história no seu nascedouro.

 

OBRAS

O Cine Tangará começou a ser construído em 1948, para ser inaugurado em 1950. José Guides acompanhou a construção de perto. Era motorista de caminhão e puxou muito material para as obras.

 

A GARRAFA

Numa das colunas do Cine Tangará, quando do início dos trabalhos, foi colocada uma garrafa com os nomes dos proprietários e construtores, as famílias Magini e Weigand.

 

CHURRASCADA

Quando da cobertura foi servida uma churrascada. Mataram-se cinco bois. A Kowarick inteira participou.

 

CHOPADA

Quando da inauguração, os donos serviram chope, salgados e doces.

 

PROPAGANDA

Começam as exibições. A propaganda era feita pelo locutor Tato, transportado pelas ruas da cidade no caminhão Reo 47 dirigido pelo Zé Molambo.

 

REGIONAL

As pessoas vinham de todas as partes do Grande ABC e de bairros próximos paulistanos para as sessões.

 

O LOCUTOR ‘TATO’

Durante a série do Tangará em 1988, o locutor Tato citado por Zé Molambo apareceu. Seu verdadeiro nome: Carlos Panini. Andreense. Sempre morou em Santo André. Fez carreira na Refinaria de Capuava.

 

OPERADORAS

Os Magini alugaram o Cine Tangará à empresa Paulo Sá Pinto e depois para a empresa Vale do Paraíba, que operava também no Sul de Minas Gerais. A empresa comandou vários cinemas da região, entre os quais o Tamoio, igualmente lindo e desaparecido.

 

OS MAGINI

Dos anais da página Memória. Descrição de José Guides: “A família sempre foi boa e atenciosa. O pai de todos era André Magini, casado com Dona Nina. O casal teve os filhos Mário, Nelson, Angelina, Clara e Olga”.

 

TESTEMUNHO

Escrevíamos, neste espaço, em 25 de fevereiro de 1988: “Uma família (a Magini) que ficará na história também porque teve a coragem de dar a Santo André uma grande casa de espetáculos, ainda em pleno funcionamento”.

Era 1988. E hoje?

 

Diário há 30 anos

Sábado, 5 de março de 1988 – ano 30, edição 6693

Manchete – Brasil amplia por 20 anos prazo de pagamento da dívida

O julgamento dos prefeitos – Diário ouve 70 moradores de Mauá, que dão nota 6,3 à administração do prefeito Leonel Damo – o segundo mais bem avaliado dentre os sete prefeitos.

Política – Tumulto e divisão marcam em São Paulo o Dia da Advertência; movimento não entusiasma em São Bernardo; começa mal a rearticulação da campanha pelas diretas; políticos e sindicalistas são vaiados.

Memória – O inovador padre Fiorente Elena.

Polícia – Em São Bernardo, pai revoltado atira no filho punk, matando-o.

 

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 5 de março:

Em São Paulo, Ilha Comprida, Lourdes e Ribeirão Bonito

No Rio de Janeiro, Bom Jardim

Em Santa Catarina, Bom Jardim da Serra

No Rio Grande do Norte, Caraúbas

Em Minas Gerais, Couto de Magalhães de Minas

Fonte: IBGE




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