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Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

Perda de água: quem é o responsável?
Do Diário do Grande ABC
01/03/2018 | 12:50
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Artigo

A reportagem veiculada neste Diário não condiz com a verdade quando afirma que o aumento do índice de perda de água em Santo André – de 36,35% para 44,14% – ocorreu devido à precária manutenção feita na rede de distribuição no período 2013-2016 (Setecidades, dia 13). Este é o enfoque da atual gestão municipal, que propagandeou série de melhorias que teriam sido realizadas recentemente no abastecimento de água da cidade. Mas agora, quando se verifica o aumento do índice de perda, responsabiliza a suposta falta de manutenção da rede municipal pela administração anterior.

Existem duas categorias de perda de água nos sistemas de abastecimento: a física ou real e a comercial ou aparente. A primeira é aquela na qual a água se perde na reservação e no trajeto até as unidades de medição do consumo (hidrômetros), geralmente em razão de vazamentos. Já a perda comercial ou aparente ocorre quando os volumes utilizados não são devidamente medidos nas unidades de consumo, seja em razão de hidrômetros não aferidos, seja por furtos de água ou erros de leitura, entre outros. Por isso, para combater a perda, é preciso atuar de forma abrangente e coordenada em todas as etapas do sistema de abastecimento.

Ao longo de anos o Semasa manteve comitê de controle de perda de água formado por técnicos, representantes de todas as áreas envolvidas no sistema de abastecimento, com a finalidade específica de entender o sistema e seus problemas e planejar e executar ações voltadas para redução da perda de água. A reportagem cita como grande ação a instalação de três válvulas redutoras de pressões na rede de distribuição. Entretanto, se esquece de que essa ação foi definida pelo comitê, dentre total de 65 iniciativas, entre elas: troca de tubulações antigas, manutenção do parque de hidrômetros adequado, setorização estanque e monitorada, pesquisa de vazamentos e rápida correção destes, pronto atendimento às demandas dos munícipes, entre muitos itens.

Mas a atual administração simplesmente não deu continuidade ao trabalho abrangente do comitê. Não houve manutenção precária e sim descontinuidade. Os profissionais do Semasa não podem ser responsabilizados pelas mazelas. Eles sempre trabalharam com afinco, independentemente de quem ocupou ou ocupa o comando da administração municipal.

Para reduzir a perda de água, portanto, é necessário investimento e conjunto de ações coordenadas. Aparentemente, em 2017 pouco foi feito nesse sentido. Vamos aguardar os próximos capítulos. Quem critica o trabalho de alguém deveria apresentar alternativas melhores. Certamente não é o que está ocorrendo neste caso.

Milton Luís Joseph e Carlos Pedro Bastos são engenheiros aposentados do Semasa.

Palavra do leitor

Vizinhança
Neste momento temos o PSDB de Diadema dividido em seu comando, com pessoas de confiança de Orlando Morando, prefeito de São Bernardo, e de Lauro Michels, que, politicamente, parece estar apoiando a reeleição de outro são-bernardense, o deputado federal Alex Manente, eleito pelo PPS. Fica a pergunta: até quando os políticos de Diadema estarão subordinados à ‘cartilha’ dos políticos de São Bernardo?
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Sem médico
Na segunda-feira, minha mulher passou mal e nós fomos para o Hospital São Caetano Ela foi medicada duas vezes. Até aí tudo bem. Na hora que estávamos para ir embora, às 19h, só havia um único médico para liberar os pacientes. Assim, uma pessoa teve de fazer um ‘barraco’ e chamar o diretor do hospital para que resolvesse o problema. Prefeito, o senhor fala tanto em humanização da Saúde, mas no próprio Hospital São Caetano – que continua um caos – não vemos isso no atendimento ao munícipe.
Fernando Zucatelli
São Caetano

João Doria
Não demorou muito para o prefeito de São Paulo mostrar que de diferente não tem nada da tão desmoralizada, combalida e desacreditada classe política (Política, ontem). Tudo leva a crer que é mais uma propaganda enganosa com a população da cidade que o elegeu. O ‘gestor’, como gosta de autointitular-se, em pouco mais de um ano já tentou lançar-se candidato a presidente da República e, como a iniciativa não foi bem-sucedida, agora esta ensaiando candidatura a governador de São Paulo. Já estamos fartos de políticos com essa mentalidade e não precisamos de mais um. Antes de mais nada, que tal começar administrar, como deve e merece, a cidade para a qual foi eleito? Com boa gestão, alçar voos mais altos será processo natural. Agora, é bom seguir velho ditado que prega que ‘nunca se deve colocar o carro na frente dos bois’.
Mauri Fontes
Santo André

Mal-educados
A ponte da Avenida José Odorizzi sobre a Avenida Robert Kennedy, em São Bernardo, já poderia ter sido terminada só com recursos vindos de multas dos motoristas que efetuam conversões em local proibido (R$ 195,23 cada), já que, para cada vez que o farol abre na Robert Kenndey, no mínimo três carros fazem a conversão proibida, fechando, assim, os motoristas corretos. Até caminhões viram no proibido, ficando atravessados. Quando eu, motorista correta, buzino, ainda ganho ‘o dedo’. E assim vai o nosso trânsito, com lei, mas sem fiscalização.
Eliandra Mara Caparroz
São Bernardo

Falou demais
Raul Jungmann fez muito bem em sua primeira intervenção como ministro da Segurança Pública ao demitir o diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia. Indicado para o cargo pelo ex-presidente Sarney, contra a vontade do seu ex-chefe, ministro Torquato Jardim, ficou pouco mais do que três meses no cargo, porque falou demais e caiu. Nesse curto espaço de tempo, tentando ser simpático a Michel Temer, mais conseguiu constranger o Planalto. Como o que disse em sua posse, que ‘uma mala talvez não desse toda materialidade criminosa’ sobre caso rumoroso executado por diretor da JBS, que em uma pizzaria em São Paulo entregou a Rocha Loures R$ 500 mil, em mala que supostamente seria em benefício de Temer. Porém, achando que estava abafando, Segovia levantou outro defunto indesejável para o Planalto, como do caso dos portos, dizendo que, por falta de provas, a tendência seria o arquivamento deste caso, que também envolve o presidente. Este cidadão não serve nem para investigar roubo de galinha.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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