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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Planejar o hospital do futuro
Do Diário do Grande ABC
19/02/2018 | 14:46
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Artigo

Os hospitais são um dos elos mais respeitados no sistema de Saúde. Não é por acaso que, diariamente, as emergências recebem pacientes que deveriam estar sendo atendidos em outro elo da cadeia. É preciso destacar que o hospital é o local onde se fazem as maiores intervenções de saúde nos indivíduos com situação de agravo, de média e alta complexidades. Mas a confiança que a população tem na rede hospitalar, somada aos problemas estruturais do setor, faz com que a unidade receba todos os tipos de paciente. Mas essa confiança sobre os hospitais nem sempre foi assim. Na Europa, durante a Idade Média, eram lugares primeiramente com função religiosa e de caridade – locais de hospitalidade e de ‘bem-morrer’. Até o século 19, o hospital era local perigoso. Felizmente, esse cenário mudou.

A ciência e o avanço da medicina transformaram o papel e a imagem dos hospitais. As mudanças não param. Os avanços em tratamentos e diagnósticos, a presença cada vez maior da robótica e a mudança da pirâmide etária exigem novo perfil de hospital. Será que nossos hospitais estão preparados para lidar com a mudança de paradigmas? O governo admite que a Saúde enfrenta grandes desafios, de crescimento dos custos ao impacto da longevidade, mas pouco fala sobre as necessidades da rede hospitalar em se adequar aos novos paradigmas.

Pode até soar como utópico falar em hospital do futuro, quando ainda um dos principais desafios da Saúde no País é o acesso. O Brasil não consegue nem cumprir a indicação mínima da OMS (Organização Mundial da Saúde) de três leitos por 1.000 habitantes. Precisamos permitir que a pessoa chegue ao sistema de Saúde. E que seja atendimento em ambiente adequado, do ponto de vista de tecnologia, formação do médico, atenção e organização. Tendo o atendimento, que seja em ambiente de qualidade e segurança assistencial. Oferecer atendimento sem condições básicas é irresponsabilidade. É preciso garantir a segurança do paciente.

Porém, é necessário pensar nos novos paradigmas, com o risco de chegar daqui a 20 anos e termos rede hospitalar desconectada do que estará acontecendo nos grandes centros. O futuro caminha para cenário marcado por hospitais organizados em rede, que alcançam o paciente fora de seu ambiente, principalmente em casa, no trabalho, usando aplicativos. Também serão especializados, onde os profissionais estarão dedicados não somente aos pacientes, mas também no desenvolvimento de tecnologias e processos. As instituições terão o que chamamos de estruturas abertas: acessíveis para a sociedade como um todo, para o desenvolvimento científico e educacional.

Francisco Balestrin é presidente da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados).

Palavra do leitor

Acidentado
Na condição de pai e associado do convênio médico NotreDame Intermédica, registro meus agradecimentos ao excelente atendimento oferecido ao meu filho Cleyton Santos Campelo, vítima de acidente em via pública.Foi recebido de forma notável na ortopedia e durante a cirurgia. A toda equipe médica do Hospital São Bernardo, obrigado! Que Deus os ilumine e que outros hospitais sigam esse exemplo.
Edson Campelo
Santo André

Cadê o cartão?
Para renovação do cartão nacional de pessoa idosa, no Poupatempo de São Bernardo, no meu caso foram solicitados dois cartões (pai e mãe idosos). Os protocolos foram emitidos em intervalo de dois minutos de diferença. Um cartão foi analisado e ficou pronto no mesmo dia, pelo histórico de tarefas do sistema. E o outro? O outro ninguém sabe onde está! Aliás, o supervisor, pessoa sem educação e arrogante, informou que deveria aguardar o prazo de 30 dias! Expliquem! Como um documento é analisado e emitido no mesmo dia e outro não? Explico: incompetência! É lamentável o desserviço do Poupatempo. Os gastos com tempo e estacionamento transformam-se no ‘perdetempo’! Querem valorizar o que para emitir um papelzinho? Este documento era emitido em cartão plastificado, hoje mera folha de papel sulfite! Economia ou falta de vergonha na cara? Exijo a emissão imediata do papel em questão, a demissão da atendente e do supervisor.
Gino Pavan Neto
Santo André

Só gabaritados
Em relação ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e à FUABC (Fundação do ABC), está na hora de assumir posto de direção apenas quem é gabaritado. Quem tem currículo de valor, vivência acadêmica de respeito. Ser empreendedor. Ser como nós somos, guerreiros, que não baixamos a guarda. Que lemos, estudamos, enfrentamos os obstáculos da vida empregadora. Como o senador José Serra disse-me uma vez, e guardo essa frase até hoje: ‘Marcel, não se pode governar com amigos’. Prefeitos do nosso Grande ABC, escolham para chefiar essas entidades profissionais gabaritados, que tenham foco no sucesso destas. Se for amigo, diga ‘não, obrigado’. Votei em Paulo Serra. Se residisse em São Bernardo, votaria em Orlando Morando. Não me decepcionem.
Marcel Rodrigues Martins
Santo André

Merenda
Lendo este Diário (Política, dia 14) deparo-me com a reportagem que São Bernardo ‘barra a empresa Convida de licitações’ (pertencente ao dono das quentinhas Sérgio Denadai). Então, quando nós, cidadãos, observamos algo errado na cidade e procuramos fazer alguma coisa para resolver o que não está certo, estamos exercendo cidadania, participando e exercendo controle sobre as ações governamentais. Observo que a Prefeitura precisa informar número de alunos beneficiados pelo programa de alimentação, visto que a cidade aponta 82 mil na rede pública; número de dias de atendimento (a serem considerados nos cálculos são 200 dias letivos por ano); valor por aluno, frequência dos alunos em aulas, afinal, isso pode influenciar diretamente na quantidade de refeições preparadas. Nas faltas e em dias sem aulas, como ficam esses alimentos? Quem controla? E a estocagem? Enfim, São Bernardo fala em atendimento a 184 escolas. Convido aos nobres vereadores a pronunciarem-se a respeito. Transparência, senhores! Recado: o sucesso não é definitivo, mas a falha é fatal.
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Sindicatos
Apenas três meses depois de a reforma trabalhista entrar em vigor, transformando a contribuição obrigatória dos trabalhadores aos sindicatos em ação facultativa, estes se articulam para fazer voltar o antigo sistema, alegando, entre outras coisas, que a contribuição tem caráter de imposto e, assim como ninguém pode se recusar a pagar o IPTU, isso vale para a contribuição sindical também. Mas sindicato tem poder de governo desde quando? Chegam a dramatizar, afirmando que sem essa injeção compulsória de dinheiro os sindicatos voltarão à escravidão. Na verdade, escravos foram todos os trabalhadores coagidos por organização de pelegos a pagar-lhes ‘imposto’ compulsório com o qual estes fizeram fortunas pessoais e montaram estruturas capazes de peitar governos e sociedade – eles deitaram e rolaram no suor da massa trabalhadora. Claro, agora estão em abstinência, sentindo os efeitos da falta. Querem tudo como antes. Só que não. Acabou-se a farra e, se nós quisermos, é para nunca mais!
Mara Montezuma Assaf
Capital

Os monstros
O ex-ministro e também ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, como procurador-geral da República, que foi entre 1985 e 1989, disse que na época da Constituinte ajudou a criar o ‘monstro’ que é o poder exercido hoje pelo MPF (Ministério Público Federal). Lembrete importante: o sucesso das investigações da Lava Jato, além do ótimo trabalho da Polícia Federal, e de alguns juízes federais, se deve também à participação efetiva do MPF! E sabe Deus por que Sepúlveda critica. Porém, o grande e verdadeiro ‘monstro’ é um cidadão que ajudou a quebrar o Brasil, corrupto, formador de quadrilha, e já condenado em segunda instância, como o farsante Luiz Inácio Lula da Silva, que o próprio advogado Sepúlveda Pertence vai defender nos tribunais...
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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