Doença infecciosa causada por um arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, que é transmitido pela picada dos mosquitos infectados, não havendo transmissão direta de pessoa a pessoa.
O vírus apresenta dois tipos de ciclos epidemiológicos de transmissão: o silvestre e o urbano, mas a doença é a mesma em ambos.
No ciclo silvestre os macacos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres. Os gêneros mais importantes da America Latina são o Haemagogus e Sabethes.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. Essa forma urbana já foi erradicada, o último caso de que se tem notícia ocorreu em 1942, no Acre, mas pode acontecer novo surto se a pessoa infectada pela forma silvestre da doença retornar para áreas de cidades onde exista o mosquito da dengue, que prolifera nas cercanias das residências e ataca durante o dia.
O período de incubação no homem varia de três a seis dias, podendo se estender até 15 dias. A viremia humana dura no máximo sete dias e vai de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até três a cinco dias após o início da doença, e é durante esse período que o homem pode infectar os mosquitos transmissores. Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura.
Fatores de risco:
Municípios das regiões Norte, Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal)
Regiões Nordeste (no Maranhão, em todos), Sudeste e Sul
Parte dos municípios dos Estados da Bahia, Minas Gerais e Espirito Santo
São Paulo a partir de 2018
Sinais e Sintomas:
Geralmente aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito:
Febre
Dor de cabeça
Calafrios
Náuseas
Vômitos
Dores pelo corpo
Icterícia
Hemorragias de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina
O diagnóstico é realizado pelo médico por meio do histórico e exame físico do paciente, indagando se visitou recentemente áreas de risco e se já tomou a vacina. Só é possível confirmar após a realização de exames laboratoriais complementares (MAC-Elisa, PCR ou isolamento do vírus em cultura) em laboratórios de referência indicados pelas secretarias estaduais de Saúde.
Saiba mais:
O período em que uma pessoa pode ser fonte de infecção para o mosquito é relativamente curto, de três a cinco dias, a partir do início da doença.
Vacine-se contra febre amarela pelo menos dez dias antes de viajar para áreas de risco e não se esqueça das doses de reforço que devem ser repetidas a cada dez anos.
Como é uma vacina com vírus vivo, há o risco teórico de infectar o bebê.
Mulher que amamenta tem que tomar cuidado, pois existe relato de transferência do vírus da vacina pelo leite materno.
A indicação da vacina tem que ser avaliada individualmente nesses casos.
Em área de risco:
Use sempre calças e camisas que cubram a maior parte do corpo.
Aplique repelente sistematicamente.
Não se esqueça de passá-lo também na nuca e nas orelhas.
Repita a aplicação a cada quatro horas, ou a cada duas horas se tiver transpirado muito.
Use mosquiteiro quando for dormir.
Procure informar-se sobre os lugares para os quais vai viajar e consulte um médico ou os núcleos de atendimento ao viajante para esclarecimentos sobre cuidados preventivos.
A febre amarela é uma doença de notificação compulsória no mundo, o registro de novas mortes decorrentes da infecção pelo vírus da febre amarela em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais assustou a população neste início de ano.
Em agosto do ano passado, o Ministério da Saúde havia dado como encerrado o maior surto da doença no País desde 1980.
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