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Uniforme escolar: ato de cidadania
Do Diário do Grande ABC
21/02/2017 | 09:01
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Artigo

A entrega do uniforme escolar de maneira gratuita é compromisso que as administrações públicas assumem, anualmente, com as famílias de alunos da rede pública municipal. No entanto, esta não é a realidade de aproximadamente 34 mil alunos matriculados nas escolas municipais de Santo André. Desde 2013, estudantes enfrentam dificuldades e atrasos no acesso aos kits, compostos por roupas de inverno e verão. Em 2016, não receberam novas roupas. A situação se agrava à medida em que a crise econômica avança em todo o País. A adesão ao uniforme, contudo, garante aos alunos dignidade e igualdade, além de representar forte aliado ao orçamento familiar, uma vez que gera economia com a compra de peças para o uso diário. Somente em janeiro, o item vestuário registrou alta de 0,32%, frente a 0,20% observado no mês anterior, na composição da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A praticidade é um dos fatores que encabeçam a lista de benefícios associados ao uso da vestimenta escolar. Preservação da infância, inibição do consumismo, redução na prática de bullying baseado nas diferenças sociais e desenvolvimento do senso de responsabilidade são alguns dos aspectos que a prática assegura. A igualdade no vestir proporciona a sensação de pertencerem ao mesmo grupo na sociedade. Outro fator imprescindível é a segurança. A uniformização evita que pessoas que não pertencem à escola tenham livre acesso às dependências ou aos alunos. Adicionalmente, permite que cidadãos ou integrantes da guarda local identifiquem estudantes na rua, em possíveis situações de perigo, ao transitarem no trajeto entre suas casas e a escola.

Portanto, garantir que alunos de Santo André tenham acesso ao benefício é exercício de cidadania. Não podemos atribuir atrasos ou falta de uniformes à crise econômica. Se a diminuição de dinheiro afeta os cofres públicos, o que dizer da devastação que provoca no bolso das famílias? A Educação deve representar prioridade em qualquer gestão pública. O uso das roupas escolares é apenas um dos mecanismos que otimizam a experiência de alunos, professores, familiares e sociedade civil. Se levada a sério e colocada em prática, a gratuidade ao vestuário escolar reflete em outras áreas cruciais ao poder público, como Segurança.

Portanto, a administração pública tem o dever de equacionar problemas que impactam diretamente o cumprimento das normas em ambiente escolar. Não existem quaisquer justificativas cabíveis. Do contrário, conflitos e desigualdades continuarão a configurar um dos maiores desafios cotidianos à Educação.

Almir Cicote é vereador pelo PSB e presidente da Câmara Municipal de Santo André.

Palavra do leitor

BBB
Esta coluna Palavra do Leitor, além de dar oportunidade aos leitores de escrever sobre vários assuntos, expressar opiniões e fazer reivindicações, agora está descobrindo talentos. Dia 17 li com admiração crítica ao BBB escrita pelo leitor Francisco Emídio Carneiro (Big Brother), só que de maneira inusitada: em forma de poema. Parabéns pela criatividade! Concordo plenamente com o que ele escreveu sobre o programa. O mau comportamento de certos participantes pode fazer com que ‘cabecinhas menos maduras’ tomem como verdade aquilo que é mostrado na TV.
Eunice Gallo Silva
São Caetano

Resposta – 1
Em relação à carta do leitor José Amâncio neste Diário (Recorrente, dia 19), o Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo esclarece que a fiscalização desse tipo de estabelecimento compete aos órgãos de vigilância municipais. O CVE orienta o leitor a formalizar sua denúncia junto à Prefeitura de Santo André.
Vigilância Sanitária do Estado

Resposta – 2
Em resposta às publicações do leitor Luizinho Fernandes nesta Palavra do Leitor (Lauro Gomes, dia 18, e Nossa Praça, ontem), a Prefeitura de São Bernardo agradece o apoio manifestado, referente à retirada de comerciantes de alimentos e artesãos da Praça Lauro Gomes, no Centro. A administração municipal reforça estar ao lado de todo o trabalhador honesto da nossa cidade, garantindo que não faltarão espaços para que suas atividades sejam exercidas. Entretanto, a Praça Lauro Gomes, patrimônio histórico de nosso município, estava descuidada há anos e sendo alugada por uma pessoa. A Lauro Gomes precisa ser de todos, lugar de lazer e de atividades culturais, como neste fim de semana, que recebeu mais de 11 mil pessoas para prestigiar artistas locais. A ‘praça é do povo’, como eternizou o poeta Castro Alves.
Prefeitura de São Bernardo

Ramalhão x Tigre
Começou cedo o sofrimento da torcida do Santo André neste Campeonato Paulista. Mesmo com calor insuportável, jogando contra time medíocre, mais de 3.000 pessoas foram ao Bruno Daniel torcer para o Ramalhão. Mas vimos treinador medroso colocar três volantes de marcação, com medo do adversário. Algumas bolas recuadas para o goleiro Zé Carlos e a reposição foram coisas de várzea. Conseguiram perder a bola dentro da área em saída de tiro de meta. Alguns jogadores pegam a bola e não olham para o gol adversário e sim para o nosso, para ver se tem alguém para se livrar da bola. O lance protagonizado pelo lateral Jean, que acabou se transformando no gol do São Bernardo, foi bizarro. Ele olhou para o nosso gol, ficou com medo de ir para frente, de passar para companheiro ao lado e de tocar com força para o goleiro Zé Carlos. Curiosamente o treinador erra e depois fica na beira do campo gritando feito louco como se o esquema por ele armado tivesse como dar certo e não dá só por culpa do medo de alguns jogadores. Ah, os bons tempos!
Donizete A. de Souza
Ribeirão Pires

STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que presos em situações degradantes têm direito a indenização em dinheiro por danos morais. Aí pergunto aos excelentíssimos ministros: será que os aposentados, os usuários do sistema público de Saúde, as vítimas da violência, também em situação degradante, teriam esse mesmo direito? Ao fim das contas, de que lado vossas excelências estão? Continuamos com vergonha do nosso STF.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Atletiba
Só por enfrentar a toda-poderosa Rede Globo, mais a FPF (Federação Paranaense de Futebol), propondo transmissão independente do jogo Atletiba, pelas redes sociais nas páginas oficiais de seus clubes, o Clube Atlético Paranaense (Furacão) e o Coritiba Futebol Clube (Coxa), ambos do Paraná, já merecem ser cumprimentados. No entanto, quando vão para esse enfrentamento e vencem, aí não tem preço! Foi lindo ver as duas equipes retornarem juntas dos vestiários com os atletas intercalados, um de cada equipe, de mãos dadas e fazerem círculo no centro do gramado para agradecer suas torcidas e sendo por elas muito aplaudidas. Quem sabe agora as demais equipes do futebol brasileiro mirem-se no exemplo dos clubes do Paraná pelo que fizeram domingo, e ditem nova ordem nas transmissões de seus jogos. Como bem disse o presidente do Atlético-PR, Luiz Sallim Emed, ‘vamos romper o status quo’ (expressão latina que significa ‘no mesmo estado que antes’ ou ‘estado atual das coisas’).
José Alencar Marcon
Santo André 




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