Meia hora mais tarde, a PRF informou um novo protesto em um trecho da BR-386, na altura da cidade de Soledade, na região centro-norte do Estado. De acordo com o órgão, a manifestação, pacífica, envolve dezenas de pessoas e cerca de 50 caminhões.
Apesar da diminuição dos atos organizados por caminhoneiros, a PRF não recomenda o trânsito de veículos pesados durante a madrugada devido a "possível vandalismo". Na noite de ontem, manifestantes e policiais entraram em confronto em um trecho da BR-116, na região de Camaquã, cidade do centro-sul do RS. Pedras, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram atiradas, deixando um saldo de seis feridos. Segundo a PRF, 20 pessoas foram detidas em todo o Estado ontem pela participação em protestos dos caminhoneiros.
A mobilização da categoria - que reivindica a redução do preço do combustível, a flexibilização das regras para financiamento de veículos e melhores condições de trabalho - vem prejudicando a economia do Rio Grande do Sul há mais de dez dias. As decisões judiciais determinando a liberação das estradas conseguiram diminuir o número de manifestantes em alguns momentos, principalmente no último fim de semana, mas os bloqueios eram sempre retomados na sequência. Setores que dependem de produtos perecíveis, como a indústria láctea e de carnes, são os mais afetados.
Em algumas cidades do RS, postos de combustíveis ficaram sem gasolina e supermercados registraram escassez de alimentos. Os protestos nas estradas gaúchas começaram a perder força no fim do dia de ontem.
O complexo industrial da GM localizado em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, ficou paralisado na sexta-feira, 27, e no sábado, 28, por problemas de desabastecimento, voltando a funcionar normalmente na segunda-feira à tarde. Na planta são produzidos os modelos Onix, Prisma e Celta.
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