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Pacientes reclamam
de atendimento no
CHM de Sto.André

Em Santo André, CHM coloca macas no corredor para atender demanda por internação

Thaís Moraes
04/06/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 A situação do CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André nos últimos dias está gerando reclamações de pacientes e familiares por conta da falta de acomodação adequada.

Na área do pronto-socorro, a equipe do Diário flagrou, no domingo, dez pacientes deitados em macas no corredor. Ontem, eram pelo menos oito.

A dona de casa Maria Aparecida Rodrigues Garcia, 52 anos, apresentou dor de cabeça intensa e vômito na quinta-feira e procurou atendimento no PA (Pronto Atendimento) Bangu. Como seu estado não melhorou, Maria foi levada para o CHM na sexta-feira para fazer tomografia. O resultado indicou a existência de aneurisma cerebral, isto é, a dilatação anormal de artéria ou veia que poderia romper-se e levar até a morte. “Ela ficou três horas na sala de observação. Depois disso falaram que iam arrumar um quarto para ela, mas o quarto era o corredor. Isso porque o médico disse que o caso da minha mãe é grave”, conta o analista contábil Alex Marcel Rodrigues Garcia, 26. Depois de dormir no corredor, Maria Aparecida foi transferida para o quarto no sábado.

O aposentado Marcos da Silva, 50, fraturou a clavícula na segunda-feira passada e no domingo esperava pelo exame que informará se existe ou não necessidade de cirurgia. “Não sei se o exame será feito aqui ou no Mário Covas. Quem não tem convênio se sente humilhado”, desabafou a irmã do paciente, a dona de casa Ana Antônia Costa do Nascimento, 57.

O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, disse que os hospitais estaduais Mário Covas e Diadema não dão a devida retaguarda para suprir a demanda de urgência e emergência. “Ao contrário dos hospitais estaduais, o CHM é uma unidade de porta aberta e não pode recusar atendimentos. Não dá para jogar nas costas das cidades a responsabilidade de resolver 100% dos problemas da Saúde, que é de caráter municipal, estadual e federal”, explica.

Nepomuceno afirmou entender a razão pela reclamação de pacientes e familiares, mas disse que é preferível haver má acomodação do que falta de atendimento.

A Secretaria de Estado da Saúde definiu como “totalmente equivocado” responsabilizar os hospitais estaduais Mário Covas e Diadema pela superlotação das unidades municipais, já que atendem apenas casos de média e alta complexidade. Além disso, o Estado afirmou que, em 2013, investirá R$ 233,4 milhões para manter os dois hospitais estaduais e também os dois AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) em Santo André e Mauá.




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