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Jordânia está de olho no Grande ABC

Setor automobilístico atrai interesse do país asiático, que quer vender cosméticos à região

Por Marina Teodoro
Especial para o Diário
29/01/2015 | 07:16
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Anderson Silva/DGABC


Apesar de um cenário econômico sem muitas previsões positivas para 2015, o Brasil ainda é visto como terra de boas oportunidades de negócios para países asiáticos de pequeno porte como a Jordânia. E o Grande ABC se inclui nessa perspectiva, principalmente com seus produtos do setor automotivo.

“O Brasil é repleto de recursos naturais, como etanol, energia renovável, além de contar com grande território. Enquanto a Jordânia fica no deserto, e sua única riqueza é o conhecimento humano”, disse o embaixador Malek Twal, representante de seu país no Brasil, que esteve ontem na Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) a convite do presidente Evenson Dotto, para divulgar livro escrito pelo Rei da Jordânia, Abdullah II, A Nossa última esperança.

De acordo com o embaixador, o Grande ABC, conhecido por suas grandes indústrias do setor automobilístico, pode contribuir para o desenvolvimento econômico do país asiático. “Nós não temos esse tipo de mercado nacional. Importamos tudo. E o Brasil e a região são potenciais fornecedores, por conta do preço mais baixo e da boa qualidade”, destaca Twal.

A Jordânia também se interessa por alimentos e energia brasileiros. “Gostaríamos de investir nas terras férteis daqui, para importar alimento apenas para consumo em nosso país e garantir alimentação para todos os cidadãos.”

Segundo o embaixador, o intuito é equilibrar a balança comercial entre os dois países – que hoje se sobressai pela importação de produtos brasileiros – e trazer ao país itens típicos locais. “O Brasil está entre os três maiores mercados consumidores de produtos de beleza do mundo (atrás somente de Estados Unidos e Japão). Nós temos fabricação de itens totalmente naturais, vindos do Mar Morto. Nosso desafio é impulsionar essa exportação por aqui”, comentou, ao destacar que isso inclui a região.

A Jordânia, conforme pontuou Twal, embora ocupe pequeno território, é “porta de entrada para o mercado de exportação do Oriente Médio”.

TURISMO - Do ponto de vista turístico, o Brasil é um país-alvo para fomentar a economia da Jordânia. Pelo fato de ambas as nações serem bastante religiosas, os brasileiros podem se interessar em conhecer o local.

“Há forte movimento de brasileiros em Israel, por conta da Terra Santa, mas as pessoas se esquecem que nosso país também faz parte dessa região”, disse o embaixador. “O país é importante para o cristianismo, pois foi lá que Jesus foi batizado.” Sem contar que a capital Petra foi cenário para as gravações da saga Indiana Jones.
 




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